O clima ficou tenso nesta quarta-feira (28) pela manhã entre moradores da Ocupação Isidoro e a Polícia Militar. Cerca de 300 moradores das ocupações Rosa Leão, Esperança e Vitória tomaram a frente do prédio da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), na avenida Afonso Pena, e foram cercados pelos policiais.
A tensão se dissipou depois que a prefeito Alexandre Kalil (PHS) recebeu uma comissão de advogados e moradores para ouvir as reivindicações do grupo. Segundo Thales Viotte, da Comissão Pastoral da Terra, as cerca de 9 mil família das ocupações estão reivindicando a instalação de serviços básicos como água, luz e saneamento, já que Kalil se comprometeu, ainda na campanha, a regularizar a situação da Isidoro.
“Passado, praticamente um ano e seis meses, a única coisa que o prefeito fez pela Ocupação foi enviar uma declaração para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) que pretendia a regularização da ocupação. Depois disso nada mudou”, diz Thales. Além de serviços básicos os moradores estão reivindicando ainda que a PBH faça um projeto de que altera o plano diretor para tornar a área da ocupação uma zona especial de interesse social.
De acordo com a pastoral, com o atual zoneamento, ainda é possível que parte da área seja destinada a grandes empreendimentos empresariais e não somente à moradia popular. “Da forma em que está nem a mata do Planalto está protegida da construção de prédios no local”, diz Thales. O prefeito Alexandre Kalil disse que só vai falar sobre as negociações com os moradores durante sua visita ao Lar dos Idosos São José, no bairro Olhos D’água, região do Barreiro.