A Transvest, organização não governamental (ONG), que abriga alunos e alunas travestis e transexuais no Centro de Belo Horizonte, corre o risco de acabar. Em uma publicação nas redes sociais, os responsáveis pela ONG alegaram, nessa terça-feira (30), que o alto custo para manter o projeto é o fator determinante para o possível encerramento das atividades.
O projeto, criado em 2015, oferece supletivo e pré-vestibular, além de oficinas profissionalizantes e artísticas para os alunos. Eles recebem ainda passagem e alimentação para frequentarem as aulas. Todas as atividades são desenvolvidas por voluntários e a Transvest não recebe apoio do governo.
O alto custo para manter as atividades tem feito com que os organizadores do projeto estudem a possibilidade de fechar o espaço, visto a falta de verba. Atualmente, o grupo se reúne em uma sala no Edifício Maletta, no Centro da capital.
“Nosso trabalho tem gastos, tem demandas e tem necessidades. Com nossa renda atual não conseguimos dar as aulas, pagar as dívidas e manter nosso trabalho”, diz trecho da publicação.
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Na última tentativa de manter as atividades da Transvest, um financiamento coletivo foi criado. “Estamos nas chances de acabar se não atingirmos, pelo menos, a nossa primeira meta do financiamento coletivo que é de R$ 12 mil mensais. Sem a ajuda financeira, não poderemos prosseguir no nosso trabalho e vamos fechar as portas”.
Alunos que passaram pela Transvest já conseguiram aprovações em universidades públicas e privadas e até mesmo a conclusão dos ensinos fundamental e médio.
Quem desejar ajudar o projeto basta clicar neste link.
Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).