A partir desta sexta-feira (29), as principais linhas de ônibus de BH sofrerão um reajuste de 16,6% no valor da tarifa, passando de R$ 4,50 para R$ 5,25. Em consonância com o aumento, as tarifas de 635 linhas da região metropolitana também sofrerão reajuste a partir de amanhã (29).
Em BH, o novo valor de R$ 5,25 é válido para linhas perimetrais, radiais, semi-expressas, diametrais, troncais e Move. Já as linhas circulares e alimentadoras vão passar de R$ 4,20 para R$ 5,00, que representa um aumento de 19,4%.
O serviço suplementar de ônibus em BH também vai ter reajuste no preço das tarifas. As linhas longas e intermediárias 1 vão passar a custar R$ 5,00. Já as intermediárias 2 passarão a cobrar R$ 5,25 e as curtas R$ 2,50.
Na região metropolitana da capital, o acréscimo elevará os preços de R$ 5,25 até R$ 71. Com aumento de 7,15% para a maioria das linhas, 228 das 635 operações terão a passagem alterada de R$ 7,20 para R$ 7,70. Outras 104 linhas terão o aumento de R$ 8,35 para R$ 8,95.
Congelamento
Em nota, a PBH argumentou que a passagem de ônibus em BH vai ficar mais cara porque os custos de mão de obra, óleo diesel e de aquisição dos veículos tiveram aumento de 24,4%, 45,8% e 82,3%, respectivamente. “Este é o primeiro aumento nas passagens desde dezembro de 2018 – quando o valor passou de R$ 4,20 para R$ 4,50″, registrou.
A Secretaria de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias de Minas Gerais (Seinfra) atribuiu o reajuste à necessidade de “garantir a operacionalização do sistema”. “Leva em consideração a inflação para o período, a atualização dos insumos de maior peso por meio de índices correlatos e a correção dos demais itens da planilha contratual de custos pelo IPCA”, justificou, também em nota.
Movimentações
O presidente da Câmara Municipal de BH, Gabriel Azevedo (sem partido), deve propor um projeto de lei para barrar o reajuste da passagem de ônibus da capital mineira. Por meio do Instagram, Gabriel disse que vai estudar, junto aos vereadores, “uma maneira de evitar esse aumento para a população”. Segundo ele, o problema “é a ausência de transparência”.
“E o pior, não se discute o aumento na qualidade, ou seja, mais pontualidade, ar–condicionado, ônibus decentes, isso fica fora da pauta”, declarou Gabriel Azevedo. “O que eu posso dizer para vocês é que a Câmara Municipal de Belo Horizonte vai seguir atuante nesse tema”.
Gabriel explicou que um Projeto de Resolução para sustar a passagem, protocolado na última quarta-feira (27), não conseguiria ser aprovado até esta sexta-feira (29), data do aumento das tarifas. “Mas nós vamos estudar o que vai sair no DOM (Diário Oficial do Município) e entender se, com 14 assinaturas e um Projeto de Resolução, a gente consegue por um ponto final nessa baixaria”.
Novas tarifas
Confira a tabela com os valores reajustados das linhas que atendem o transporte público de Belo Horizonte e região metropolitana neste link.
