A BHTrans (Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte) está proibida, a partir desta sexta-feira (3), de integrar ao sistema de transporte público municipal ônibus destituídos de ar- condicionado e de suspensão pneumática, que, embora mais cara do que a convencional, traz mais conforto aos passageiros. Decreto com as novas determinações foram publicadas na edição de hoje do Diário Oficial do Município.
O texto assinado pelo prefeito Alexandre Kalil (PHS) ainda determina prazo para que a BHTrans comprove que os ônibus sem os requisitos estabelecidos no decreto e que estejam em circulação foram incluídos ao sistema antes da publicação das novas normas. A empresa tem até a próxima sexta-feira (10) para apresentar os documentos comprobatórios à PBH.
As determinações previstas no Decreto n° 16.568 oficializam as medidas que foram anunciadas pelo chefe do Executivo municipal na última quinta-feira (2), em reunião com a BHTrans e o Setra-BH (Sindicato de Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte). Além disso, cumprem normas estabelecidas em outro decreto — este assinado pelo então prefeito Marcio Lacerda (PSB), em 2008 —, que prevê como responsabilidade do poder público a garantia de “conforto, bem-estar e comodidade” aos usuários do transporte coletivo municipal.
Suspensão a ar
Implementada nos ônibus do sistema MOVE, em circulação na capital, a suspensão pneumática garante maior conforto aos passageiros. Esse sistema, além de reduzir o impacto e balanço causados pelos desníveis nas vias, atenua a ocorrência de ruídos.
Segundo informações do blogue “Faixa Exclusiva” — especializado em mobilidade urbana e vinculado ao Portal Uai —, o conjunto de suspensão a ar é encontrado por até 16% mais caro do que o modelo tradicional — composto por feixes de molas — no mercado.