A Feira Hippie é um dos locais mais visitados por belo-horizontinos e moradores de cidades vizinhas para a realização de compras aos finais de semana. Porém, há alguns anos, o espaço tem sido usado para a venda ilegal de cães. Com o objetivo de combater essa prática a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) realiza operação durante todo o mês de dezembro.
A Operação Pets começou no último domingo (1) e vai até o fim do ano. A ação é da Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção, por meio da Guarda Municipal e do COP-BH (Centro Integrado de Operações).
Para a coordenadora do Movimento Mineiro pelos Direitos dos Animais, Adriana Araújo, essa ação é “extremamente necessária”. Mas ela enfatiza: “Não pode ser pontual, tem que ser continuada para que possamos desconstruir essa cultura de normalidade perante a venda ilegal de animais”, disse ao BHAZ.
Adriana destaca que as vendas não param porque há quem financie a atividade ilegal. “É preciso trabalhar a conscientização da população. Só temos essa realidade pois temos quem financia. Tem que atuar quem compra, pois até chegar ali [na feira] os animais são expostos a condições desfavoráveis”, afirmou.
A coordenadora do movimento animal ressalta a maneira como as fêmeas, chamadas de matrizes, são tratadas. “O único interesse com elas é somente a ‘produção’, no mesmo ano elas são submetidas a duas gravidez. Elas são mantidas em extrema exaustão”.
Depois que as fêmeas não conseguem ter filhotes, elas são mortas ou abandonadas. “Em muitos casos, elas são eutanasiadas ou abandonadas. As cadelas matrizes são vistas como verdadeiras fábricas de filhotes”, disse Adriana.
No primeiro final de semana da Operação Pets foram registrados oito autos de infração, com multa estipulada aos responsáveis pela ação ilegal. Os animais foram recolhidos, examinados e tratados em um ponto de apoio montado no Parque Municipal Américo Renné Giannetti.
Com PBH
