Como forma de evitar os “sommeliers de vacina”, pessoas que escolhem a marca do imunizante que querem tomar, a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) retirou do Boletim Epidemiológico da capital quais as quantidades de imunizantes disponíveis de cada fabricante. Com a medida, a Prefeitura deixa de detalhar o número de doses da Coronavac, Astrazeneca, Pfizer e Janssen na cidade, e quantas doses, de cada marca, já foram distribuídas para as unidades.
A mudança aconteceu nessa segunda-feira (12), no último Boletim Epidemiológico e Assistencial publicado pela PBH. Até sexta-feira (9), o informe detalhava não apenas o número de doses destinadas e distribuídas em Belo Horizonte, destrinchado por fabricante, como também o número de aplicações com a dose única, no caso da Janssen, e a quantidade de aplicações de primeira e segunda dose, para os demais imunizantes.
(Reprodução/PBH)
Procurada pelo BHAZ, a PBH, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, confirmou que “as informações foram agrupadas para não detalhar quais os tipos de vacina estão disponíveis no município e não incentivar a escolha de imunizantes pelos usuários”, disse em nota (veja na íntegra abaixo). A pasta da Saúde ainda reforça que todas as vacinas utilizadas atualmente pela capital estão autorizadas para uso no país e oferecerem alta proteção contra o novo coronavírus, quando aplicadas corretamente.
Porcentagem de vacinados diminui
Na virada do final de semana, a Prefeitura ainda mudou mais um levantamento no Boletim sobre a Covid-19. No informe de sexta-feira, a cidade estava com 59,4% do público-alvo vacinado com a primeira dose. Na segunda, porém, o número mudou para 53,04%.
A porcentagem de imunizados diminuiu, pois houve um acréscimo de 293.065 pessoas no número referente ao público-alvo da vacinação. Com isso, o público passou de 2.037.913 para 2.330.978 pessoas. A PBH decidiu incluir os trabalhadores do transporte aéreo, da limpeza urbana, do transporte coletivo rodoviário e metroviário, além de trabalhadores da saúde e educação, que trabalham, mas não moram na capital.
“O critério para vacinar os profissionais das categorias citadas era atuar na capital e não residir no município”, explica PBH, em nota.
Nota da PBH na íntegra
“A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, esclarece que as informações foram agrupadas para não detalhar quais os tipos de vacina estão disponíveis no município e não incentivar a escolha de imunizantes pelos usuários. É importante lembrar que a eficácia das vacinas que atualmente estão autorizadas para uso no país oferece alta proteção quando aplicadas corretamente.
Houve um acréscimo de 293.065 pessoas no número referente ao público-alvo da vacinação. Foram incluídos os trabalhadores do transporte aéreo, da limpeza urbana, do transporte coletivo rodoviário e metroviário, além de trabalhadores da saúde e educação. O critério para vacinar os profissionais das categorias citadas era atuar na capital e não residir no município”.
