Pelo menos cinco pessoas passaram mal, na manhã desta quinta-feira (11), após vazamento de amônia no bairro Caiçaras, região Noroeste de BH. O caso aconteceu em uma fábrica de gelo que fica na avenida Carlos Luz. Essa é a segunda vez que a substância vaza na mesma empresa em menos de seis meses.
Felipe Dias, auxiliar de produção, trabalha em uma indústria farmacêutica ao lado da fábrica de gelo. Ao portal BHAZ, ele disse que os colegas que chegaram antes sentiram o cheiro da substância.
“Os funcionários sentiram um cheiro forte diante do vazamento de amônia. A gente vem sentindo esse cheiro constantemente, mas como hoje foi maior, as pessoas tiveram sintomas de náuseas, dor de cabeça”, narra.
Ao todo, cinco pessoas tiveram mal estar. Três pessoas precisaram ser levadas para atendimento médico. Uma delas seria uma mulher em fase final de gestação.
O rapaz ainda relata que estava em uma distância maior quando chegou, porque já sabe que o vazamento ocorre de forma rotineira.
“Quando cheguei, todos já estavam fora da empresa. Eu mesmo não passei mal porque estava do lado de fora e passei em um perímetro maior para evitar inalar a substância”, explica.
O Corpo de Bombeiros se deslocou até o endereço e fechou o vazamento. O SAMU também foi acionado para levar as vítimas à UPA.
Em setembro do ano passado, uma estudante de 18 anos que circulava pelo local passou mal.
O Samu socorreu a universitária e a encaminhou para a UPA Pampulha. Além dela, a funcionária de uma lanchonete que trabalha próximo à fábrica também passou mal.
Imóveis vizinhos à fábrica de gelo foram temporariamente isolados por causa do vazamento de amônia, que, segundo os bombeiros, atingiu raio de 500 metros. Os bombeiros também precisaram interditar a avenida Carlos Luz.
O portal BHAZ tenta contato com a empresa responsável e aguarda um posicionamento.
Amônia pode ser prejudicial à saúde
Estudos indicam que a exposição à amônia pode resultar em diferentes sintomas, variáveis de acordo com o tempo de exposição e a quantidade de concentração do gás ou líquido.
“A exposição pode resultar desde a irritação leve, lesão ocular corrosiva severa, conjuntivite, cegueira temporária ou permanente, queimaduras na boca, garganta, esôfago e estômago. O contato com o gás liquefeito pode ocasionar queimaduras graves com danos nos tecidos mais profundos e ulcerações”, segundo o tenente Licurgo Winck, do Corpo de Bombeiros de Goiás.