A Polícia Federal desarticulou, nesta terça-feira (27), uma organização criminosa responsável pelo contrabando de ouro proveniente de garimpos ilegais do Norte do Brasil. Foram cumpridos pelos oficiais 21 mandados de busca e apreensão e 4 mandados de prisão preventiva em Belo Horizonte, além de em outras sete cidades do Brasil: Rio de Janeiro (RJ), Angra dos Reis (RJ), São Paulo (SP), São Jose do Rio Preto (SP), Piracicaba (SP) e Mirassol (SP).
As investigações começaram depois que um policial federal, envolvido no esquema, foi preso. Ele era responsável por dar acesso à área restrita do aeroporto, viabilizando os crimes de contrabando e descaminho. Durante as investigações, foram apreendidos mais de 17 kg de ouro e joias avaliadas em mais de 1 milhão de dólares, o que corresponde a cerca de R$ 5,2 milhões. Além disso, na casa de um dos presos, a polícia apreendeu mais de R$ 200 mil em dinheiro.
Segundo a Polícia Federal, os investigados faziam uso de “mulas” – pessoas aliciadas para realizar o transporte ilegal – que transportavam o ouro até a Itália utilizando documentação falsa de empresas fictícias sediadas no Paraguai. A organização também trazia ao Brasil joias adquiridas na Ásia e nos Estados Unidos.
Estima-se que, entre os anos de 2017 a 2019, a organização criminosa tenha contrabandeado mais de uma tonelada de ouro para a Itália. Além do crime de organização criminosa, a PF investiga a prática dos crimes de lavagem de dinheiro, contrabando, descaminho, receptação qualificada e usurpação de bens da União.
Com PF