O pirulito da Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte, amanheceu com um preservativo gigante. A intervenção acontece nesta quarta-feira (1º) devido ao Dia Mundial de Luta Contra a Aids. A ação é idealizada pela Aprosmig (Associação das Prostitutas de Minas Gerais).
“Estamos conscientizando toda a população de BH para lembrar da necessidade do uso do preservativo. Também lutamos para que deixe de existir o preconceito e o estigma para com aqueles que são soropositivos”, diz Cida Vieira, presidente da Aprosmig, em entrevista ao BHAZ.
Cida destaca que o pirulito da Praça Sete foi escolhido pelo fato de ser um ponto importante e central da cidade.
“Queremos alertar a população em geral sobre a necessidade de estarmos vigilantes com a nossa saúde no dia a dia. A pandemia de Covid-19 se tornou muito visível e as pessoas podem ter diminuído os cuidados contra as ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis)”.
A Aprosmig compartilhou um vídeo da intervenção na web. “Em BH, são 300 novos casos de pessoas infectadas pelo HIV por ano. Importante falar sobre, desconstruir preconceitos e tabus, conhecer formas de se prevenir e fazer uso da prevenção combinada”, escreveram na descrição.
‘Conscientização’
Além da intervenção realizada hoje, a Aprosmig tem outras ações, conforme explica Cida. “Temos o CTA (Centro de Testagem), que fica em frente a rodoviária. Espaço para as pessoas fazerem o teste de HIV. Além disso temos sala de orientações. Nosso papel é levar conscientização”.
O CTA está localizado na rua Saturino de Brito, nº 7, no Centro de BH.
Repercussão
Internautas comentam nas redes sociais a intervenção realizada na capital mineira. “Por aclamação pública, o pirulito passa agora a ser chamado de Torre de Pica”, “Colocaram uma camisinha enorme no pirulito da Praça Sete. Eu amo meu país BH”, comentaram alguns usuários.
Gente colocaram uma camisinha enoorme no pirulito da praça sete. Eu amo meu país BH
— TRAVÔ MAITE (@luaaago) December 1, 2021
E o Pirulito da Praça 7 que amanheceu com uma camisinha gigante. É uma intervenção artística da APROSMIG pelo dia mundial de luta contra a AIDS. Por aclamação pública, o pirulito passa agora a ser chamado de Torre de Pica pic.twitter.com/RZUPe0hoyS
— Coacci (@Coacci) December 1, 2021
HIV e Aids não são sinônimos
De acordo com o Ministério da Saúde, HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) é o vírus causador da Aids, que ataca células específicas do sistema imunológico (os linfócitos T-CD4+), responsáveis por defender o organismo contra doenças. Ao contrário de outros vírus, como o da gripe, o corpo humano não consegue se livrar do HIV.
Ter HIV não significa que a pessoa desenvolverá Aids; porém, uma vez infectada, a pessoa viverá com o HIV durante toda sua vida. Não existe vacina ou cura para infecção pelo HIV, mas há tratamento.
Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é a doença causada pelo HIV, que ataca células específicas do sistema imunológico, responsáveis por defender o organismo de doenças. Em um estágio avançado da infecção pelo HIV, a pessoa pode apresentar diversos sinais e sintomas, além de infecções oportunistas (pneumonias atípicas, infecções fúngicas e parasitárias) e alguns tipos de câncer.
Sem o tratamento antirretroviral, o HIV usa essas células do sistema imunológico para replicar outros vírus e as destroem, tornando o organismo incapaz de lutar contra outras infecções e doenças.
A transmissão do HIV se dá por meio de relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas, materiais perfurocortantes contaminados e não esterilizados e por meio da transmissão vertical durante a gravidez, parto e/ou amamentação, quando não tomadas as devidas medidas de prevenção.
Muitas pessoas ainda desconhecem o seu status sorológico; por isso, é necessário que todos os indivíduos com vida sexual ativa façam a testagem regular para o HIV. Além disso, é importante conhecer as formas de transmissão e prevenção ao HIV.