Polícia anuncia fechamento da maior fábrica clandestina de linha chilena de BH

Uma parte do material apreendido foi apresentado nesta terça, pela Policia Civil

A Polícia Civil anunciou nesta terça-feira,8, o fechamento da maior fábrica clandestina de linha chilena de Belo Horizonte. A fábrica ficava no bairro Vista Alegre, região Oeste de cidade. O fechamento foi o resultado de dois meses de investigação, que começaram no dia 15 de junho deste ano, quando um menino de cinco anos morreu no bairro Bela Vista, em Ibirité, na região Central do Estado, com o pescoço cortado por linha chilena.

A morte causou grande repercussão e, após o fato, a Polícia Civil intensificou as investigações contra o comércio da linha em Belo Horizonte. Após denúncias de que havia venda fácil na região do hipercentro, a polícia iniciou investigações até chegar à fábrica clandestina do bairro Bela Vista, cujo fechamento ocorreu na última sexta-feira.

Na ação, foi presa em flagrante Vanessa de Fátima Teodoro Neto, de 43 anos, por crime contra as relações de consumo, cuja pena é de detenção de dois a cinco anos ou multa. Ela foi solta no dia seguinte, através de fiança arbitrada pela Justiça, e não possuía antecedentes criminais.

No terraço da casa de Vanessa, a polícia descobriu a fábrica onde era produzida a linha chilena, que, de acordo com as investigações, era vendida por ela e outros suspeitos, ainda não localizados. Foram apreendidos 11 maquinários para produção de linha, 74 frascos de cerol, além de pó químico de mistura de vidro, cerca de 50 mil metros de linha e anotações de contabilidade.

De acordo com o apurado, a fábrica vinha funcionando há três anos. Para se ter uma ideia do lucro que a ela trazia, o menor carretel disponibilizado para venda, com 400 metros, era vendido de R$ 20 a R$ 30. Já o maior, com 12 mil metros, era vendido a quase R$ 400. Mas a precisão dos valores movimentados através da fábrica só será possível após perícia contábil nas anotações apreendidas.

“Os pais têm que estar atentos ao tipo de linha que os filhos estão consumindo”, alerta o delegado Rodrigo Damiano, responsável pelas investigações. “Acreditamos que fechamos a maior fábrica de linha chilena de Belo Horizonte e, talvez, a maior de Minas Gerais”, acrescenta.

A polícia apurou que a fábrica abastecia o comércio de cerol e linha chilena em toda a capital, e, em especial, na região do hipercentro. As investigações, agora, continuam, com o objetivo de identificar outras pessoas que também agiam na fábrica e vendiam o cerol e as linhas. Para a polícia, pelo menos mais uma pessoa também seria dona do local.

 

Marcelo

Marcelo Freitas é redador-chefe do Bhaz

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