A Polícia Civil realizou nesta segunda-feira (13) a reconstituição da morte do menino Ian Almeida Rocha, de 2 anos. A criança morreu no dia 10 de janeiro, com sinais de violência, em decorrência de uma forte pancada na cabeça, tendo como resultado traumatismo craniano.
Participaram da reconstituição o pai de Ian, Márcio da Rocha Souza, e a madrasta do menino, Bruna Cristine dos Santos, juntos de seus respectivos advogados. Ambos estão presos desde que a criança faleceu.
Ao BHAZ, o advogado de Bruna, Wellington Carlos Fernandes, disse que a madrasta colaborou com todo o processo. “A Bruna não compactua com nenhum tipo de agressão, pelo contrário. Tratava ele como se filho dela fosse”, declarou ele.
Já advogada de Márcio, Sarah Quinetti Pironi, explica que a reconstituição foi pedida por ela em ao menos duas oportunidades. Ela acredita que essa etapa da investigação ajudará a provar que “não houve omissão” por parte do pai.
“Cremos muito na inocência dele, cremos que essa reconstituição simulada foi bem esclarecedora para as instituições que estão acompanhando o caso. Também foi uma reprodução solicitada e requerida por nós, defesa. Nós cremos na inocência dele e que não houve omissão por parte dele”, argumenta.
Relembre
O pequeno Ian Henrique de Almeida Rocha, 2, morreu em decorrência de uma forte pancada na cabeça, tendo como resultado traumatismo craniano. Ele foi levado ao hospital pelo pai e a madrasta com sinais de violência no último dia 8 de janeiro e não resistiu.
A informação da causa da morte de Ian foi obtida por meio de necropsia realizada no corpo do garoto. O laudo pericial aponta que o menino tinha uma fratura extensa na nuca. A análise foi concluída na última semana, mas o resultado foi divulgado apenas nesta quarta-feira.
Segundo o delegado Diego Lopes, que está à frente do caso, a linha investigativa indica que o garoto tenha sido atingido na cabeça por um objeto contundente, como um pedaço de madeira ou barra de ferro. A corporação acredita já saber qual foi o objeto utilizado.
Como a apuração busca determinar quem o atacou, a Polícia Civil decidiu não divulgar detalhes até a conclusão do caso. Apesar disso, a investigação parte do pressuposto de que as agressões se iniciaram por parte da madrasta, o que ainda não é um veredito.
O investigador também informou que o pai de Ian Henrique já havia sido denunciado por maus-tratos contra a criança, no meio do ano passado. Segundo Diego Lopes, a denúncia foi apurada pela polícia em Santa Luzia, portanto, ele não sabe dizer qual foi o resultado da investigação.