Suspeitos de matar empresário em apartamento na Pampulha são indiciados: ‘Amarrado e amordaçado’

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Inquérito foi concluído nesta quinta-feira (Reprodução/Streetview + Divulgação/PCMG)

A PCMG (Polícia Civil de Minas Gerais) concluiu, nesta quinta-feira (23), o inquérito que apurou a morte de um empresário de 46 anos em julho do ano passado. A vítima foi encontrada morta, amarrada e amordaçada em seu apartamento, no bairro Santa Terezinha, na região da Pampulha. Dois homens estão presos temporariamente e a PCMG identificou também um adolescente envolvido no crime.

Segundo a corporação, no dia do crime o empresário foi rendido no apartamento em que morava por um dos suspeitos. “Um desses três autores subiu com a vítima [para o apartamento] no dia do crime, a amarrou e amordaçou. Neste momento, esse autor ligou para os outros dois, para que eles ajudassem a tirar de dentro da casa tudo que pudesse ter algum valor”, explica o delegado Guilherme Catão, responsável pelo caso.

À época, os suspeitos levaram duas televisões, um drone e um ferro de passar roupas, além do carro da vítima. O corpo foi encontrado dois dias depois do crime, quando a família começou a se preocupar com o desaparecimento do homem e os vizinhos começaram a sentir um forte odor vindo do apartamento. 

‘Crime bárbaro’

A crueldade do crime causou grande impacto nos vizinhos do empresário, mas segundo a polícia, a mobilização dos moradores foi de extrema importância para a conclusão do inquérito: “Foi um crime bárbaro, teve uma repercussão muito grande, inclusive um dos pontos mais fortes da investigação foi a ajuda dos moradores do bairro”. 

O corpo do empresário foi encontrado com as mãos e pés amarrados por cabos de energia. Segundo a polícia,  um dos envolvidos teria feito a amarração de forma que, quando o homem se cansasse, acabaria morrendo por asfixia. “Ele ficou amarrado e amordaçado e, dessa forma, não resistiu por muito tempo, vindo a morrer por asfixia, deitado na própria cama”, explica o subinspetor Caetano Ribeiro. 

Câmeras de segurança do prédio registraram o momento em que os três envolvidos carregam os móveis até o carro da vítima e fogem. No entanto, as imagens não foram suficientes para a identificação e qualificação dos suspeitos. O que viabilizou este processo foi o rastreamento do celular do empresário, que também havia sido roubado.

A testemunha que estava com o celular informou à polícia de quem havia comprado o aparelho: dois dos suspeitos do latrocínio, sendo um deles o adolescente. A polícia pediu a prisão temporária do homem maior de idade, que acabou apontando para o terceiro envolvido no crime – suspeito de executar a vítima.

Investigação qualificada

Conforme o delegado, a investigação foi bem qualificada, com lastro probatório grande: “ A gente tem imagens, várias testemunhas apontaram eles como autores do crime, reconheceram eles nas imagens e o menor não só confessou o crime como deu a qualificação de um dos autores”. 

Os dois suspeitos maiores de idade foram detidos no mês de março, com a conclusão do inquérito nesta quinta, foram indiciados pelo crime de latrocínio – roubo seguido de morte. A pena varia entre 20 e 30 anos de reclusão.

Giovanna Fávero[email protected]

Editora no BHAZ desde março de 2023, cargo ocupado também em 2021. Antes, foi repórter também no portal. Foi subeditora no jornal Estado de Minas e participou de reportagens premiadas pela CDL/BH e pelo Sebrae. É formada em Jornalismo pela PUC Minas e pós-graduanda em Comunicação Digital e Redes Sociais pela Una.

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