Polícia indicia seguranças e militar por morte de fisiculturista em boate

Morte do fisiculturista aconteceu no começo do mês de setembro

A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu as investigações sobre a morte do fisiculturista Allan Pontelo, de 25 anos, ocorrida em uma casa noturna, na região do Barreiro em Belo Horizonte. Segundo a polícia, a ação truculenta dos seguranças pode ser apontada como causa da morte do jovem. O crime aconteceu na madrugada do dia 2 de setembro deste ano.

Em razão do crime, foram indiciados dois seguranças de 30 e 32 anos de uma empresa de segurança privada e outros dois profissionais informais. Além disso, um cabo da Polícia Militar de 29 anos foi incluído no inquérito.

O Delegado-Geral Márcio Lobato, ressaltou que a equipe de investigação conseguiu identificar não só as circunstâncias, como também a motivação do crime.

Conforme explicou o Delegado responsável pelo inquérito policial Magno Machado, os seguranças desconfiaram que Allan portava drogas ilícitas e decidiram segui-lo. A vítima estava acompanhada de um amigo quando foi abordada a caminho do banheiro.

Enquanto os seguranças revistavam o jovem, foram encontradas substâncias entorpecentes com a vítima. O rapaz foi então conduzido até a parte de trás dos banheiros, longe das câmeras de segurança. “Nesse momento, um dos indiciados se aproximou e se identificou como policial civil, informando à vítima que a mesma seria presa. Allan se desesperou e tentou sair do local, momento em que passou a ser agredido”, destacou Machado.

Segundo a investigação, o homem que se passou por policial tinha o hábito de fazer isso para extorquir clientes flagrados com drogas na boate. No momento em que iniciaram as agressões contra Allan, o falso policial sacou uma arma de fogo e impediu que outras pessoas se aproximassem da vítima. O militar também auxiliou no crime, dificultando a aproximação de outros clientes.

“Durante as agressões, Carlos aplicou um ‘mata leão’ em Allan Pontelo, fato determinante para sua morte”, concluiu o delegado. Os quatro envolvidos foram indiciados por homicídio qualificado, mediante asfixia e por ter dificultado a defesa da vítima.

Um dos suspeitos foi detido, durante operação da Polícia Civil, no dia 24 de outubro, e permanece preso. Os dois seguranças ainda não foram localizados. O militar, por ter menor participação no crime, irá responder em liberdade. Entretanto, a PM vai investigar se o militar estava fazendo serviço de segurança, o que é proibido. Caso confirmado, o cabo pode sofrer penas administrativas e até ser excluído da corporação.

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

SIGA O BHAZ NO INSTAGRAM!

O BHAZ está com uma conta nova no Instagram.

Vem seguir a gente e saber tudo o que rola em BH!