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Polícia Militar investiga agressão em treinamento da Rotam em BH; dez militares foram afastados

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O tapa foi capaz de derrubar um dos policiais no chão, que precisa de ajuda para se levantar (Reprodução/Redes sociais)

A Polícia Militar de Minas Gerais afastou dez militares nesse domingo (23), responsáveis pela organização e aplicação de um curso da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas) em Belo Horizonte. A medida foi tomada pela corporação depois que um vídeo que mostra um dos alunos recebendo um tapa no rosto viralizou nas redes sociais. A polícia agora investiga o caso por meio de um inquérito interno (leia a nota na íntegra abaixo).

Nas imagens, é possível ver quando um dos policiais é agredido por outro com um forte tapa, que foi capaz de o derrubar no chão. Os demais assistem a cena com normalidade e parecem se empolgar com a agressão. “Ô lasqueira, cê tá doido”, diz um deles.

A filmagem ainda mostra que o homem agredido precisou da ajuda de outros colegas para se levantar. Segundo a Polícia Militar, o curso de formação especializada foi ministrado em outubro do ano passado, em Belo Horizonte, para uma turma de militares já formados.

Em coletiva de imprensa concedida nesta segunda-feira (24), a major da Polícia Militar, Layla Brunnela, afirma que a corporação só tomou conhecimento do fato nesse domingo. Segundo ela, o comportamento retratado nas imagens não condiz com as práticas legais que devem ser seguidas nesses tipos de treinamento para policiais militares.

“Muito provavelmente essa intenção, tanto de quem deu o tapa, quanto de quem recebeu e também dos instrutores que ali participavam serão apuradas dentro do procedimento. Não é o procedimento legal, não é o que é previsto no curso especificamente que estava sendo realizado. Essa filmagem não retrata aquilo que nós temos na nossa formação”, garante a major.

Ainda segundo ela, novos cursos só serão realizados após a conclusão das investigações. Os dez militares afastados foram os responsáveis pelo planejamento e execução do curso e não devem se envolver em outras atividades até que o inquérito seja finalizado.

“Só teremos um novo curso de formação ao encerrar dessa apuração e confirmação de tudo o que houve, do porquê ter acontecido. Não há previsão de novos cursos do tipo nos próximos 40 a 60 dias que é o período previsto para a realização desse inquérito policial militar”, explica.

Confira a nota da Polícia Militar na íntegra

A Polícia Militar de Minas Gerais esclarece que recebeu na data de hoje, 23/01, o vídeo citado na demanda, tendo o comando da Unidade instaurado, de imediato, Inquérito Policial Militar para apurar os fatos. A PMMG esclarece, ainda, que os militares inicialmente identificados no vídeo foram afastados da atividade de docência até que se encerre a citada apuração.

Larissa Reis

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.
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