Três homens, de 19, 21 e 22 anos, foram presos no último domingo (24) em Belo Horizonte por suspeita de envolvimento em um esquema de fraude em pacotes de viagens. Segundo a Polícia Civil, o trio é investigado há alguns meses por formar uma associação criminosa que atuava na compra e venda de passagens aéreas e hospedagens.
De acordo com as investigações, os indivíduos, utilizando cartões clonados, ofereciam na internet pacotes de viagens e passagens aéreas com forma de pagamento por milhas ou com 50% de desconto.
De acordo com a delegada Cristiana Angelini, os pacotes tinham duração inferior a sete dias, uma vez que após esse prazo as operadoras de crédito descobriam a clonagem do cartão ou o proprietário legítimo do cartão não reconhecia a compra na fatura, bloqueando-a e obrigando a operadora a negar o pagamento.
“Assim, muitas vezes, os clientes, no meio da viagem, eram informados que o restante das diárias não haviam sido pagas e eles tinham que arcar com as despesas ou retornar para casa com suas famílias, gerando grande prejuízo”, destacou a delegada.
Por meio de levantamentos de inteligência, a polícia verificou que o trio estaria se hospedando em um hotel de luxo na Zona Sul de BH. Foi montada então operação de monitoramento e os suspeitos foram abordados em um salão do hotel.
Os investigados se hospedaram com as namoradas, em três quartos separados do estabelecimento, e utilizaram cartões clonados para efetuar o pagamento da diária e alimentação. No momento da abordagem, foi localizado com o suspeito de 19 anos uma arma de fogo cromada de calibre 380, com numeração raspada.
Após serem autuados, os três homens foram encaminhados ao sistema prisional. A delegada Cristiana Angelini alerta os consumidores para possíveis fraudes em ofertas dessa natureza.
“É fundamental observar sempre as faturas dos cartões de crédito; não acreditar em propagandas de acesso muito fácil a benefícios e descontos. Se está muito barato em relação ao mercado, desconfie. Um produto de qualidade vendido a preço baixo, deve-se acionar o alerta”, orienta.
Com PCMG