Professores da rede municipal de ensino infantil de Belo Horizonte continuam em greve. A decisão foi tomada na manhã desta terça-feira (29) durante assembleia da categoria em frente à Prefeitura (PBH). Eles pedem que o prefeito Alexandre Kalil (PHS) faça a equiparação salarial com os profissionais do Ensino Fundamental. Com a decisão de hoje o movimento ultrapassa um mês de greve.
De acordo com Wanderson Rocha, diretor do Sindicato dos Trabalhadores de Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (SindRede-BH), aproximadamente mil professoras estavam na assembleia desta terça.
Sobre a possibilidade de Kalil retirar a proposta da categoria caso ela não volte às salas de aula ele foi enfático. “Não tem como o prefeito retirar, pois a proposta é um projeto de lei que está tramitando na Câmara Municipal. Se ele quiser, pode retirar o projeto como um todo, mas a medida afetará todos os profissionais da educação de BH, incluindo educação infantil e ensino fundamental”, disse.
Um ponto analisado como benéfico à categoria é o fato, de acordo com Wanderson, de 21 vereadores estarem ao lado deles na Casa Legislativa. “O Kalil não tem maioria na Câmara Municipal. A única coisa que queremos é que o prefeito volte a negociar conosco e que cumpra sua promessa de campanha”, disse.
Uma nova assembleia acontecerá na próxima segunda-feira (4) em frente à PBH.
Retirada da proposta
Em entrevista, na manhã desta segunda-feira (28), o prefeito Kalil ameaçou retirar a última proposta feita aos professores caso eles não voltem às salas de aula na próxima segunda-feira (4).
“A negociação está aberta desde que eles entraram em greve. A novidade é que, se não voltarem para a sala de aula na segunda e esperarem 24 horas para se reunirem com o prefeito, a proposta de 20% de aumento salarial e a elevação de quatro níveis de carreira, dos nove pretendidos por eles, será retirada. Além disso, não haverá uma nova negociação em dezembro, conforme combinado”, disse o prefeito.