O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse nesta terça-feira (13) que o ministério estuda um acordo com marcas de fast-food para tentar retirar a oferta de refil de refrigerante das redes. Caso o acordo com as empresas não seja concretizado, o governo planeja enviar um projeto de lei (PL) ao Congresso para proibir as vendas. Ele falou a respeito do assunto em entrevista para a Folha de S. Paulo.
“Isso é um problema muito grave a ser resolvido. Vamos manter a tentativa de um acordo voluntário, senão partiremos para uma ação restritiva”, afirmou.
Segundo Barros, a estimativa é que o país tenha cerca de mil lojas de restaurantes fast-food que permitem que o cliente “recarregue” os copos de refrigerante. “Pesquisas mostram que aumenta 35% o consumo de refrigerantes se a pessoa compra um refil”, completa.
De acordo com o ministro, além da restrição ao refil, o governo estuda ações para deter a obesidade. Neste caso, os acordos para adoção de “dosadores” de sal e açúcar e a proibição a saleiros na mesa de restaurantes. “O saleiro já é proibido em alguns países e é um caminho que temos que avançar eventualmente”, afirma Barros.
Outra ação que contribui para a promoção da alimentação saudável é o Guia Alimentar para a População Brasileira, que orienta a população com recomendações sobre alimentação saudável.
Internacional
Os restaurantes e redes de fast-food da França já são proibidos de oferecer refrigerantes em refil. A ação do governo Francês faz parte de esforço para reduzir a obesidade no país.
O Ministério da Saúde também adotou medidas internacionais para frear o crescimento do excesso de peso e obesidade no país. As medidas visam reduzir o consumo de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta. O objetivo é concluir a ação até 2019.
Além disso o objetivo é ampliar em, no mínimo, 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças até 2019.