Cerca de 350 animais afetados pelo rompimento da barragem da Vale receberam atendimento desde o dia da tragédia até o balanço divulgado nessa segunda-feira (4). Desses, 145 estão abrigados no Hospital de Campanha montado em uma fazenda disponibilizada pela mineradora. São aves, cães, felinos, répteis, equinos e bovinos. O trabalho é coordenado pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas Gerais.
Entre tantos resgates, alguns chamam mais a atenção de quem trabalha na Brigada Animal. É o caso de Resistente, um boi que ganhou esse nome porque ficou cerca de 7 horas com o corpo quase todo coberto pela lama e sobreviveu por seis dias até ser resgatado da região onde foi encontrado.
Bombeiros registraram em fotos, uma tentativa de resgate, no dia 30 de janeiro, cinco dias após a tragédia, quando a equipe buscava salvar o animal, mas teve que recuar por causa de uma forte chuva.
No dia seguinte, quinta-feira (31), a Brigada teve sucesso no resgate. As imagens mostram Resistente sendo içado por meio de um helicóptero.
Em um vídeo feito já nesta semana, o boi pode ser visto mais forte no Hospital de Campanha. Durante a gravação, ele é estimulado a se alimentar. Segundo o Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas Gerais, o animal está se recuperando bem.
A maior parte do salvamento dos animais tem sido feita por um helicóptero especializado cedido pela Vale. Por meio de nota, a mineradora informa que a aeronave tem as mesmas funções dos helicópteros utilizados no resgate de fauna terrestre pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
