Sala Minas Gerais terá gestão compartilhada para impulsionar eventos culturais

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Objetivo do acordo é aumentar número de evento e de visitantes na Sala de Minas Gerais (João Lages/BHAZ)

O Sesi Minas e a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) assinaram, nesta sexta-feira (15), o Acordo de Cooperação Técnica para a Gestão Compartilhada da Sala Minas Gerais e do Espaço Mineiraria. Ambos os espaços estão no Centro Cultural Presidente Itamar Franco, no Barro Preto, região Centro-Sul da capital.

A Orquestra Filarmônica que gerenciava o local, mas um dos principais fatores que motivaram a entrega da Sala Minas Gerais envolve o alto custo exigido para a manutenção. De acordo com o secretário estadual de Cultural, Leônidas Oliveira, há um gasto de R$ 4,5 milhões anualmente para a manutenção do espaço.

“Esse acordo vai dar para a Sala Minas Gerais e para a Filarmônica uma maior tranquilidade para a gestão deste espaço. Essa é quase uma cidade das artes. Temos a Mineiraria, a cozinha mineira contemporânea, que é um edifício que foi restaurado há 9 anos e estava sem uso. E agora temos a Sala Minas Gerais que vai abraçar novos usos”, explica o secretário.

Além disso, o pouco uso do espaço influenciou para que esse modelo de gestão ocorresse. Apenas a Orquestra Filarmônica se apresentava no local, realizando aproximadamente 52 espetáculos no ano.

“O Palácio das Artes tem 2 milhões de visitantes no ano e a Sala Minas Gerais tem apenas 40 mil. A gente acredita que tem um potencial enorme de crescimento e de valorização desse espaço para toda a cultura”, afirma o presidente do Sesi Minas, Flávio Nogueira.

O Acordo terá validade de 60 meses, a partir deste mês de abril. Diante da parceria, o Sesi Minas poderá explorar comercialmente os espaços para a promoção de eventos culturais.

Entre os principais projetos, estão previstas, na Sala de Minas Gerais, apresentações da Orquestra Filarmônica e da Orquestra Sesi Minas, além de produções musicais, nacionais e internacionais, espetáculos, eventos corporativos e empresariais.

Em nota, o Instituto Cultural Filarmônica, responsável pela gestão da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e de sua sede, a Sala Minas Gerais, informa não ter tomado conhecimento da assinatura do “Acordo de Cooperação Técnica para Gestão Compartilhada da Sala Minas Gerais e Mineiraria” entre a CODEMIG e a FIEMG/Sesi Minas, assim como desconhecer o teor deste Acordo. “Neste momento, aguarda mais informações e o devido diálogo entre as instituições envolvidas”, diz o texto.

“O ICF esclarece que participou de edital, lançado pelo Governo de Minas Gerais em 2020, para a seleção pública de entidade para operação e manutenção da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, juntamente com a gestão, operação e manutenção da Sala Minas Gerais, tendo sido a instituição vencedora deste chamamento público”, completa.

“A Sala Minas Gerais já possui uma ocupação por parte da Filarmônica de 270 dias por ano, sendo mais de 80 apresentações nas tradicionais séries de concertos com a presença de convidados de renome internacional e um público anual de cerca de 100.000 pessoas, além de ensaios e ações educacionais gratuitas, como os Concertos para a Juventude e os Concertos Didáticos. A sala de concertos é também o local para a gravação de todos os álbuns da Filarmônica, totalizando 12 lançamentos internacionais, com uma indicação ao Grammy Latino em 2020. Em meio à pandemia, recursos captados pelo ICF permitiram a instalação na Sala Minas Gerais de seu próprio estúdio de TV para a realização de transmissões ao vivo de seus concertos – até o momento foram realizadas quase 100 transmissões e gravações, promovendo um alcance nacional e internacional da Orquestra para milhares de pessoas, tendo obtido dois reconhecidos prêmios por essa ação. Implementada em 2021, a Academia Filarmônica também tem como sede a Sala Minas Gerais para a realização das suas atividades educacionais e apresentações, com o uso diário de diferentes espaços pelos alunos. Além destas atividades promovidas pelo Instituto Cultural Filarmônica e pela Orquestra, a Sala Minas Gerais é também palco para diferentes eventos corporativos e culturais, sendo uma importante fonte de receita para a sustentabilidade do espaço e da própria Orquestra”, acrescenta.

João Lages[email protected]

Repórter no BHAZ desde setembro de 2023. Jornalista com 4 anos de experiência em veículos de comunicação. Fez cobertura de casos que têm relevância nacional e internacional. Com passagem pela RecordTV Minas, também foi produtor e editor de textos na Record News.

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