Servidores públicos municipais de Belo Horizonte participaram de protesto e deflagraram greve nesta terça-feira (20), reivindicando um reajuste salarial para a categoria. Uma nova proposta, no entanto, já foi apresentada pela prefeitura ontem (19) e ainda será avaliada, com a possibilidade de suspensão da paralisação já nesta quarta (21).
A greve foi aprovada em assembleia realizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel) na última semana, quando os trabalhadores votaram a proposta anterior de salário.
Até então, a prefeitura havia oferecido um reajuste de 5,93% a ser pago em duas parcelas, nas folhas de julho e de novembro. Contudo, segundo o sindicato, em julho deste ano seria necessário 11,40% para recomposição dos salários, e em dezembro, 14%.
Por isso, na última quinta-feira (16), os servidores decidiram por unanimidade rejeitar a proposta e decretar greve a partir de hoje. Foi também na assembleia que o sindicato marcou o ato em frente à PBH (Prefeitura de Belo Horizonte), às 9h.
Nova proposta
Na véspera da greve e do protesto, o prefeito Fuad Noman (PSD) se reuniu com representantes dos servidores municipais e fez uma nova proposta: a antecipação para junho do reajuste salarial de 5,93%, de forma integral, e não dividido em duas vezes.
Segundo a prefeitura, o impacto será de R$ 207 milhões, representando um aumento de R$ 83 milhões em relação à proposta inicial.
No entanto, como o encontro foi convocado no fim da tarde, o Sindibel ainda não teve a oportunidade de avaliar a proposta. “Como já tínhamos feito a convocação do ato de protesto e de início da greve, resolvemos manter o movimento e convocar uma nova assembleia”, explica ao BHAZ o presidente do sindicato, Israel Arimar de Moura.
A categoria vai se reunir amanhã, às 9h, para avaliar a nova proposta da PBH. Segundo o representante do Sindibel, é possível que a greve seja suspensa e que o reajuste oferecido seja aceito até uma nova rodada de negociações, marcada para outubro deste ano.
Protesto
Com o protesto mantido, servidores se reuniram nesta manhã em frente à prefeitura para reivindicar melhores remunerações. “É greve, é greve, é greve sim, senhor, até que o Fuad valorize o servidor”, gritaram os trabalhadores na manifestação.
Quanto ao funcionamento de centros de saúde e de escolas municipais de BH, a Secretaria Municipal de Saúde informou que “atua de forma a garantir toda assistência necessária no atendimento da população”, e a Secretaria Municipal de Educação esclareceu que “em caso de prejuízo para os alunos em relação ao calendário escolar, os dias serão repostos conforme previsto em lei”.
A PBH informou que o balanço de adesão à paralisação será divulgado no final da tarde.