O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, disse na tarde desta quinta-feira (31) que a sirene que deveria alertar aos trabalhadores sobre o rompimento da barragem, em Brumadinho, não foi acionada porque foi engolida pela lama.
“O alarme não foi tocado porque o sistema foi engolfado rapidamente pela lama e pela barragem que cedeu”, disse Schvartsman após se reunir com procuradores da Procuradoria-Geral da República.
A fala corrobora com o que testemunhas que escaparam da tragédia já haviam contado ao BHAZ. Clique aqui para ler.
No dia da catástrofe, o porta-voz do Corpo de Bombeiros, tenente Pedro Aihara, disse que “moradores da região e funcionários da empresa que conseguiram sair do local não relataram ter ouvido qualquer aviso na hora do rompimento”, disse.
As sirenes ou avisos de alerta no caso de acidentes com barragens estão previstas no Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (Paebm), um documento técnico e de fácil entendimento, a ser elaborado pelo empreendedor, no qual estão identificadas as situações de emergência que possam pôr em risco a integridade da barragem. Nele também são estabelecidas as ações imediatas necessárias nesses casos.
Indenizações
Além do sistema de sirenes, Fabio Schvartsman também falou sobre o desejo da empresa de acelerar o processo de indenização das vítimas, por meio de acordos.
“Estamos preparados para abdicar de ações judiciais e procurando assinar, com a maior celeridade possível, um acordo com autoridades de Minas Gerais para acelerar processo indenizatório”, declarou Schvartsman.
Com informações de Cristiana Andrade
