Os servidores de Engenharia, Arquitetura, Geografia e Geologia pararam o trânsito na avenida Andradas, no Centro de Belo Horizonte, na manhã desta segunda-feira (16) em busca de melhores condições de trabalho. O protesto chegou a causar retenções no tráfego de veículos até o Complexo da Lagoinha, nas avenida Cristiano Machado e Antônio Carlos.
Segundo os trabalhadores, o ato foi motivado pelo “reconhecimento e valorização profissional”. “(Os profissionais) não têm importância reconhecida, uma vez que recebem salários aviltantes, muito abaixo do que é praticado pelo mercado e absurdamente são classificados como analistas, gestores e fiscais, ao invés de serem valorizados e reconhecidos como profissionais das áreas nas quais possuem formação”, diz nota divulgada pelo Senge (Sindicato dos Engenheiros no Estado de Minas Gerais).
O movimento teve o apoio de ao menos outros dois sindicatos. Conforme os próprios, existem 1,3 mil profissionais espalhados em 32 secretarias e departamentos do Governo de Minas Gerais. Eles afirmam que foi criado um Grupo de Trabalho para apresentar propostas de melhorias nas carreiras desses trabalhadores, mas, após quatro reuniões com o governo, um encontro marcado para o último dia 3 foi cancelado sem nenhuma justificativa.
Confira a nota divulgada pelo Governo de Minas:
“Informamos que as reuniões do Grupo de Trabalho instituído pela Resolução Seplag nº 65, de 28 de dezembro de 2015, para tratar sobre o assunto, vêm ocorrendo conforme o cronograma validado pelos membros do grupo desde o início das discussões.
Não obstante as vedações previstas no art. 22 , parágrafo único, da Lei de Responsabilidade Fiscal, que impedem o envio imediato de projeto de lei relativo a reajuste salarial ou a qualquer alteração em estrutura de carreira que implique aumento de despesas com pessoal, as reivindicações dos representantes dos profissionais de engenharia/arquitetura/geologia do Poder Executivo estão sendo analisadas e discutidas pelo Grupo de Trabalho.
O objetivo do grupo, conforme ficou exposto desde a reunião inicial, é construir, com a participação dos servidores, propostas para valorização dos profissionais das áreas de engenharia, arquitetura e geologia que conciliem as demandas dos servidores com o interesse da Administração e que possam ser implementadas quando houver viabilidade orçamentária e financeira.
O Grupo de Trabalho já realizou quatro reuniões, sendo que em 17/03 o Senge apresentou uma proposta de reestruturação da carreira e criação de gratificação para os profissionais das áreas de engenharia, arquitetura, geologia e geografia. No dia 04/04, a Seplag apresentou um estudo sobre carreiras similares de órgãos públicos de outros estados e municípios. A proposta apresentada pelos representantes dos servidores encontra-se em análise técnica, financeira e política sobre a viabilidade de sua implantação. Tão logo sejam concluídas essas análises, será agendada reunião com o grupo”.
