A Reitoria da UFMG e as direções da Faculdade de Ciências Econômicas, do Cedeplar e do Programa de Pós-graduação em Demografia divulgaram um comunicado nessa segunda-feira (28) em repúdio à agressão sofrida pelo estudante estudante Shane Landry. O norte-americano foi espancado, na madrugada da última sexta-feira (26), no Centro da capital.
Landry, que estuda demografia na UFMG há dois anos e meio, acredita que a agressão cometida por três rapazes teve motivação homofóbica. “Estávamos atravessando a Avenida Afonso Pena, no cruzamento com Rua Espírito Santo, quando fomos abordados pelos três ‘monstros’ que nos perguntaram: ‘Vocês estão rindo de quê?’. Nesse momento, eles começaram a nos bater”, disse.
“Condenamos e repudiamos, de forma veemente, qualquer forma de discriminação ou preconceito por orientação sexual ou qualquer ação que fira a dignidade das pessoas e reiteramos nosso compromisso com a erradicação de todas as formas de intolerância e violação dos direitos humanos”, declararam o reitor Jaime Ramírez e a vice-reitora Sandra Almeida.
A nota emitida pelos dirigentes da Universidade também destaca que a Instituição expressa sua “confiança nas autoridades mineiras, responsáveis pela apuração dos fatos e responsabilização dos culpados”. “Unimo-nos para acolhê-lo e apoiá-lo neste momento de dor. Não podemos nos calar diante de um crime de homofobia”, manifestaram-se, também por meio de nota, as professoras Paula Miranda Ribeiro, diretora da Face, Mônica Viegas Andrade, diretora do Cedeplar, e Laura Lídia Rodrigues Wong, coordenadora do curso de Pós-graduação em Demografia, programa ao qual Shane Landry está vinculado.
No documento, as professoras lembram que o Conselho Universitário, editou, em 2016, resolução que proíbe atos discriminatórios e violações de direitos humanos: “Lamentavelmente, nossas regras não protegem os membros da nossa comunidade em situações como essas”.
Veja a nota na íntegra:
Da UFMG