Vigilante que ficou cego de um olho ao ser baleado por PM em BH faz vaquinha para tratamento

vigilante vaquinha
Bruno Adão criou uma vaquinha online para custear o tratamento dele após ser baleado por um policial militar à paisana (Reprodução/Redes sociais)

O vigilante Bruno Adão Gomes da Silva, de 35 anos, criou uma vaquinha online para custear o tratamento dele após ser baleado por um policial militar à paisana em 30 de setembro. O episódio ocorreu na avenida Otacílio Negrão de Lima, na região da Pampulha, durante uma briga de trânsito.

Nas redes sociais, Bruno relata estar gastando todas as suas economias com remédios. Ele perdeu a visão de um dos olhos.

“Perdi o olho direito e o esquerdo está ruim. Sou separado e pai de 3 filhos. Estou gastando o que não tenho com remédios e tratamento.  Complementava a renda como motorista. Tudo isso acabou”, escreveu ele.

“Um pouco de cada um que puder ajudar será suficiente para enfrentar esse primeiro momento. Minha fé continua inabalável. Agradeço por contribuir e compartilhar”, acrescentou.

Até o momento, a vaquinha já arrecadou R$ 12 mil, ultrapassando a meta de R$ 10 mil em doações.

Relembre

Um policial militar foi preso após atirar em um homem durante uma briga na região da Pampulha, em BH, no último dia 30 de setembro. Tudo teria começado em uma discussão sobre o trânsito. O militar à paisana atirou contra o rosto de Bruno Adão.

Um vídeo mostra o momento em que o policial deu socos no carro do homem, enquanto ele estava dentro do veículo estacionado em uma avenida na Pampulha. Testemunhas notaram que o policial militar estava armado já naquele momento.

Em outro registro, Bruno já estava fora do carro e partiu para cima do PM com um soco. Os dois caíram no chão e continuaram a briga.

Ele foi encaminhado para o hospital assim que a corporação chegou no local. Já o policial militar, de 40 anos, “foi conduzido à Central Estadual do Plantão Digital, onde teve a prisão em flagrante ratificada pelo crime de lesão corporal”.

Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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