Mais uma vítima do rompimento da barragem Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi identificada. A informação foi confirmada pela Polícia Civil nesta sexta-feira (7).
Trata-se de Maria de Lurdes da Costa Bueno, com 59 anos à época dos fatos, identificada por meio de exame antropológico. Ela era natural de São Paulo, capital.
Maria estava hospedada na pousada Nova Estância. “Ela era uma das poucas que não eram nem funcionárias da Vale, nem terceirizadas, e eu, pessoalmente, fico muito impactado com isso”, informou o Deputado Federal Pedro Aihara, ex-porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.
Os segmentos da vítima foram localizadas nessa quinta-feira (6), em Remanso, local que está aproximadamente 1,5 km do pontilhão da linha férrea e a 2 km da pousada Nova Estância. Os bombeiros encontraram um fêmur com prótese, uma porção de couro cabeludo, além de diversos segmentos corpóreos que foram encaminhados à perícia da PC.
A tragédia deixou 272 mortos, sendo que dois eram bebês ainda em gestação. Maria foi a 268ª vítima a ser identificada. A PC afirma que os trabalhos continuam para localizar as duas últimas vítimas: Natália Porto de Oliveira, então com 25 anos, e Tiago Tadeu Mendes da Silva, de 34 anos.
Seis anos de tragédia
No último dia 31, o CBMMG inaugurou, na sede da Academia do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, na região da Pampulha, e BH, um memorial para honrar as vítimas e destacar a importância do trabalho dos militares na operação.
O monumento é formado por peças retiradas pela corporação da área atingida pelo rejeito de minério durante os trabalhos. Dentre elas, há pedaços de ferro e aço de estruturas retorcidas, pneus de veículos engolidos pela onda de lama e a réplica de uma bandeira do Brasil localizada durante as buscas. Além disso, um grande destaque do projeto é a estátua de um bombeiro em tamanho real.