O Aeroporto da Pampulha, que não recebe voos comerciais há anos, é o único de Belo Horizonte que poderá operar voos indo ou saindo do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Uma portaria assinada nessa quinta-feira (10) pelo governo federal definiu novas regras para as operações do aeroporto fluminense, restringindo os voos para terminais internacionais.
A determinação do ministro de Portos e Aeroportos busca incentivar mais voos no Aeroporto do Galeão, também no Rio, deixando o Santos Dumont com rotas somente para aeroportos domésticos com distância de até 400 km. Isso inclui São Paulo, Belo Horizonte e Vitória.
O Aeroporto de Confins não se encaixa nas regras, por ser internacional. O Aeroporto da Pampulha, portanto, é o único de BH que está propício a operar voos do Santos Dumont dentro das novas determinações. Acontece que, desde 2019, ele só recebe voos executivos, e não comerciais.
Mas a situação pode estar prestes a mudar: de acordo com o site Tudo de Viagem, a VoePass, em parceria com a LATAM, já está planejando lançar voos do Aeroporto da Pampulha para o Santos Dumont a partir de 2024.
A informação foi confirmada ao BHAZ pela companhia. “A VoePass Linhas Aéreas informa que está estudando estruturar operações próprias entre os aeroportos da Pampulha e Santos Dumont, retomando a antiga ponte aérea regional”, diz a empresa.
Já a Latam informou que “comunicará oportunamente qualquer novo destino próprio ou em codeshare que seja confirmado”.
Restrições no Santos Dumont
A resolução do Conselho de Aviação Civil (Conac), assinada pelo ministro Márcio França, restringe os voos com origem e destino no Aeroporto Santos Dumont a partir do dia 2 de janeiro de 2024.
De acordo com o governo federal, a determinação deve ser adotada em caráter de urgência, para permitir a adequação das malhas das empresas aéreas e minimizar o impacto sobre os passageiros.
A restrição dos voos foi tomada em conjunto pelo governo do Estado e a prefeitura do Rio, com o objetivo de aumentar a demanda do Galeão. Atualmente, o aeroporto internacional opera com 20% da sua capacidade.
O Aeroporto Santos Dumont terá também a sua capacidade operacional reduzida já a partir de outubro. Cada companhia aérea terá de reduzir de 30% a 50% a oferta de voos para que reduza, até o final de 2023, o número máximo anual de 10 milhões de passageiros.
Desta forma, o Santos Dumont só terá voos para Congonhas e Vitória, já que a Pampulha segue sem voos comerciais. Os voos para Brasília, no primeiro momento, também vão sair do Aeroporto Internacional.
“O que a gente quer é que possa voltar a ter no Aeroporto Internacional do Galeão um número muito maior de voos e passageiros. O Galeão é o maior aeroporto físico do Brasil e também queremos que ele retorne a ter muitos voos e muitos passageiros que é a nossa vontade”, disse Márcio França.