Zoológico de BH: Tudo sobre os jardins, gorilas, Aquário do Rio São Francisco e Parque Ecológico

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O zoológico de BH conta com uma família harmônica de gorilas (Divulgação/Suziane Brugnara)

Quer passear com as crianças em Belo Horizonte e não sabe onde levá-las? O zoológico de BH e o Parque Ecológico da Pampulha são tradicionais dispositivos da capital mineira que oferecem ao público o contato com animais, plantas e passeios ao ar livre.

No zoo é possível ensinar de perto às crianças sobre cada animal. Dos gigantes, como elefante e rinoceronte, aos menores, mas não menos impressionantes, como borboletas.

Nesta matéria, o Guia BHAZ detalha tudo sobre o zoológico de BH, como o recinto dos gorilas e o projeto de multiplicação dos primatas em cativeiro, o jardim botânico, o jardim japonês e o aquário do Rio São Francisco. E mais! A reportagem conta tudo sobre o Parque Ecológico da Pampulha. Confira!

Zoológico BH

O Jardim Zoológico de Belo Horizonte foi inaugurado em 25 de janeiro de 1959. Com 63 anos de história, o espaço esteve no planejamento da capital mineira desde 1897.

Você sabia? Inicialmente, estava previsto para ocupar a área onde hoje é a unidade I do Minas Tênis Clube, em Lourdes, do lado da praça da Liberdade.

Entretanto, o projeto acabou não sendo aprovado, e a Prefeitura de Belo Horizonte criou um minizoológico com exposição de pequenos animais, um viveiro de pássaros e peixes no lago do Parque Municipal.

Na década de 1940, com o processo de urbanização da Pampulha, o zoológico BH mudou-se definitivamente para lá, em uma área que havia sido destinada à criação de um clube de golfe.

Extensão do zoológico BH

De lá para cá, o zoo passou por evoluções estruturais, de equipamentos e de conhecimento para tornar-se referência em todo o Brasil. Ele ocupa uma área de cerca de 1.184.000 metros quadrados, incluindo o jardim botânico.

Para realizar a manutenção do zoológico de BH, 70 funcionários trabalham nos cuidados dos animais, na produção e na parte técnica e administrativa. Outros 90 trabalhadores ficam na parte de manutenção, vigilância, limpeza e portaria do local.

Quais animais têm no zoológico de BH?

Os animais do zoológico de BH são divididos em, aproximadamente, 250 espécies. Ao todo, são 3.800 bichos. Entre eles, há o grupo de répteis, de aves, de mamíferos, os peixes do aquário e os invertebrados do borboletário.

A equipe técnica do jardim zoológico é quem planeja o nascimento de novos animais. Isso porque é necessário analisar previamente se os bichos terão estrutura e condições para crescerem saudáveis. “Precisamos de todo um estudo para saber se temos recinto, para onde esse animal vai”.

“A gente recebe muitos animais já com uma orientação, e isso vai de encontro a um planejamento interno que nós chamamos de plano de coleção. Então, para todas as nossas espécies existe um planejamento para saber: ‘Esse ano vamos reproduzir? Onde? Qual a finalidade?'”, explica Humberto Mello, gerente do zoológico de BH.

Segundo ele, o zoológico participa de 12 ações do Planos de Ação Nacional para a Conservação das Espécies Ameaçadas de Extinção, e de outros 13 programas de preservação da fauna. “O nosso plantel hoje tem 18% de espécies ameaçadas de extinção que são trabalhadas dentro desse plano de conservação”, afirma.

Animais mais procurados pelo público

Humberto Mello conta que os animais mais procurados pelo público são os originários de outros países. “A gente tem uma grande procura pelos animais africanos, como os elefantes africanos, o rinoceronte branco, o leão e os gorilas”.

Mas não são só os “animais gringos” que fazem sucesso. Outros bichos, que são interessantes por si só, ou também os brasileirinhos, acabam conquistando o público. “A onça-pintada, o lobo-guará, o tamanduá-bandeira as aves e as serpentes também são bem procurados, por aquela vontade de conhecer o que está próximo”.

Ao contrário do que muita gente pensa, o zoológico de BH não captura os animais na natureza ou faz a compra deles para exibi-los no espaço. O jardim recebe, constantemente, espécies vítimas de tráfico e atropelamentos para reabilitação, além das proveninetes dos programas de conservação.

Recinto dos gorilas

O recinto dos gorilas é a área do zoológico de BH reservada para os primatas de origem africana, que hoje formam uma família de sete indivíduos. Entre eles, está o macho Leon, duas fêmeas, Lou Lou e Imbi, e os filhotes Sawidi, Jahari e Ayo (machos) e Anaya (fêmea). Um quinto filhote se acidentou no recinto e morreu.

O zoo tem uma parceria com o programa europeu da EAZA (Associação Europeia de Zoológicos e Aquários), responsável por enviar os gorilas adultos.

“O Idi Amin teve um contato bem interessante com as fêmeas, mas ele já estava mais idoso e depois morreu. E o programa manteve essa confiança na gente e, a partir daí, mandaram novamente um macho para nós e mais uma fêmea”, diz Humberto Mello em referência ao gorila que habitou solitário por décadas o zoo de BH e morreu meses depois de iniciado o projeto de reprodução.

Convivência entre os gorilas

O gerente do zoológico de BH conta que a convivência entre o grupo de gorilas é muito boa e livre de problemas: “A gente formou um grupo reprodutivo muito harmônico”.

Com a harmonia entre os gorilas, não há planos para enviar algum dos animais de volta para a Europa. Conforme o gerente, o programa mantém contato regular com o jardim zoológico, e as instituições tomam todas as decisões sobre os primatas em conjunto.

“Como nosso grupo ainda está muito harmônico, um grupo muito bom, isso vai depender de um planejamento que deve ser feito com muito cuidado entre as coordenações”, explica Humberto Mello.

Família de gorilas (Divulgação/Suziane Brugnara)

Alimentação dos gorilas

Segundo Humberto, os gorilas se alimentam quatro vezes ao dia: “De manhã cedo, é mais um suco, um chá ou alguma coisa mais líquida. No meio da manhã, já vem a dieta mais de folhas, de sementes, de verduras, e legumes, e assim vai, quatro vezes ao dia”.

Alimentação dos animais do zoológico de BH

Os animais têm uma alimentação variada tanto em relação ao tipo de alimento consumido, quanto aos horários de refeição. “Todos os animais têm a programação da distribuição dos alimentos, alguns recebem uma vez ao dia, outros, duas vezes, outros, dependendo, semanalmente ou quinzenalmente”, explica Humberto Mello, gerente do zoo.

Confira a quantidade de alimentos usados por mês na alimentação dos animais:

  • 2.000 kg de verduras e legumes;
  • 127.000 kg de ração, forragem e sementes;
  • 1.500 kg de misturais naturais para bolos e biscoitos;
  • 100 kg de presas;
  • 500 kg de carne bovina;
  • 300 kg de frango
  • 50 kg de peixe;
  • 1.000 kg de capim;
  • 5.400 kg de ramagens por dia.

O jardim zoológico produz parte dos alimentos utilizados para suprir os animais, como produtos de horta e capineira. Em média, o local produz 400 bandejas de alimentos por dia, com itens como carnes, capim, hortaliças, leguminosas, frutas, grãos, presas, bolinhos, rações e sucos.

Agendamento de visita ao zoológico de BH

Escolas da rede pública podem fazer excursões gratuitas até o zoológico de BH por meio de agendamento prévio neste link. Já as excursões noturnas estão suspensas por tempo indeterminado, e, embora não haja previsão de quando irão retornar, o jardim zoológico planeja retornar com a atividade.

Grupos universitários e de estudantes técnicos podem fazer visitas em áreas afins à zoobotânica. O agendamento da atividade ocorre neste link, e acontece duas vezes ao mês, sendo uma durante a semana e outra no sábado de manhã.

Horário de funcionamento do zoológico de BH

O zoológico de BH funciona de terça-feira a domingo, das 8h às 17h, com entrada permitida até às 16h. No momento, o jardim zoológico não está cobrando a apresentação de cartão de vacina na entrada.

Além disso, não é necessário agendamento para visitas comuns.

Valor da entrada do zoológico de BH

O valor da entrada do zoológico de BH varia conforme os dias da semana.

Confira a relação de preços:

  • Terça a sexta-feira R$ 5,85
  • Sábado R$ 7,30
  • Domingo e feriado R$ 11,80

O benefício de meia-entrada é concedido mediante apresentação de identificação para as seguintes pessoas:

  • Criança e jovem com idade de cinco a vinte anos;
  • Idosos com idade igual ou superior a 60 anos, e, quando necessário, seu acompanhante;
  • Pessoas com deficiência e, quando necessário, seu acompanhante;
  • Estudantes com idade entre 21 e 59 anos.

A gratuidade é garantida para os seguintes grupos:

  • Crianças até 4 anos;
  • Associados da Sociedade de Amigos da Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte;
  • Pessoas inscritas no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal).

É cobrado um valor à parte para a entrada de veículos dentro do zoológico BH, confira:

  • Motocicleta terça-feira a sábado R$ 7,30 | Domingo e feriado R$ 14,75
  • Automóvel terça-feira e sábado R$ 14,75 | Domingo e feriado R$ 29,75
  • Veículo médio (micro-ônibus, van e kombi) terça-feira e sábado R$ 44,70 | Domingo e feriado R$ 59,75
  • Ônibus de escola particular e de turismo terça-feira e sábado R$ 74,60 | Domingo e feriado R$ 104,55

Telefone do zoológico de BH

O telefone do zoológico de BH é o (31) 3277-8489.

Nesse número, o público pode entrar em contato para obter informações como funcionamento, horário e valores do zoo.

Fotos e mapa do zoológico de BH

Alameda do zoológico de BH
Alameda do zoológico de BH (Divulgação/Suziane Brugnara)
Família de gorilas do zoológico de BH
Família de gorilas do zoológico de BH (Divulgação/Suziane Brugnara)
Mico-leão-dourado do zoológico BH (PBH/Herlandes Tinoco)
Tanque maior do aquário do Rio São Francisco
Tanque maior do Aquário do Rio São Francisco (Divulgação/Suziane Brugnara)
Arara-Azul do zoológico BH (PBH/Adão de Souza)
Piranhas do Aquário do Rio São Francisco (Divulgação/Daniel Alves)
Jaguatirica do zoológico BH (PBH/Daniel Alves)
Jardim Botânico do zoológico BH (Divulgação/Suziane Brugnara)
Mapa do zoológico de BH
Mapa do zoológico de BH (Reprodução/PBH)

Clique aqui para fazer download do mapa do zoológico de BH.

Ônibus para o zoológico de BH

Os ônibus para o zoológico de BH podem deixar os visitantes em dois endereços diferentes. São eles:

  • Portaria I (Avenida Otacílio Negrão de Lima, 8.000, Pampulha): Linhas 3302 (A, B, D) – Todos os dias | 30, 64, 535, 607, 639 e 8550 – Apenas domingos e feriados;
  • Portaria II (Avenida Antônio Francisco Lisboa, 2.600, Serrano): Linhas 4403A, 2810, 2820.

Onde comer no zoológico de BH

O zoológico de BH conta com barraquinhas de funcionários terceirizados e food trucks para vender alimentos para o público. Elas estão dispostas, principalmente, ao longo da avenida central do espaço.

Quem desejar também pode levar lanches para fazer piqueniques.

Aquário do rio São Francisco

O Aquário do rio São Francisco faz parte do zoológico de BH, e abriga 41 espécies de peixes representativos da bacia hidrográfica. “É um aquário interessante porque é temático, foi construído para apresentar a riqueza da fauna da bacia do rio São Francisco”, diz o gerente do zoo, Humberto Mello.

Inaugurado em 2010, o aquário do rio São Francisco possui 3.000 indivíduos. O menor aquário do espaço tem 300 litros, e o maior, 450 mil litros. “Você tem toda uma diversidade de tamanhos de peixes e ambientes diferentes para serem observados, ou melhor, admirados”, afirma Mello.

“A gente também associa o aquário à cultura regional e traz para junto da exposição elementos culturais e artísticos, mostrando que o rio São Francisco não é só peixe. Tem as pessoas que dependem dele para sua sobrevivência”, aponta o gerente do zoológico.

Aquário do rio São Francisco no zoológico de BH
Aquário do rio São Francisco no zoológico de BH (Divulgação/Daniel Alves)

Assim, além da variedade de peixes, o aquário do rio São Francisco também oferece ao público exposição de elementos artísticos e culturais do entorno da bacia, e placas informativas sobre a riqueza aquática do afluente.

Funcionamento e acesso ao aquário

O aquário do rio São Francisco funciona de terça-feira a domingo e nos feriados, e a entrada é paga à parte do ingresso do zoológico. O bilhete custa R$ 8,80. As excursões noturnas também estão suspensas por causa da pandemia. Já a visita técnica está disponível mediante agendamento neste link.

Jardim botânico de BH

O jardim botânico também faz parte da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, tendo sido criado em 1991. O espaço funcionou por cerca de 10 anos no bairro Betânia, onde hoje é o Parque Municipal Jacques Cousteau.

Nesse período, o jardim funcionava somente para visitas orientadas e já tinha a funcionalidade de criar coleções de plantas e fazer o treinamento de profissionais. Em 2001, o jardim botânico foi inaugurado na Pampulha, no mesmo espaço onde funciona o zoológico de BH.

“O jardim botânico tem que atuar em três pilares: pesquisa científica com as plantas, lazer e contemplação. Então, para fazer essas pesquisas, o jardim tem coleções tanto de plantas vivas quanto de dessecadas, de frutos e de etno-botânicas”, explica Maria Guadalupe, bióloga da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica.

Plantas do jardim botânico

São cerca de 1.000 espécies de plantas disponíveis na área aberta ao público do jardim botânico, e 1.500 espécies na parte restrita às pesquisas. Só no espaço científico, são 3.000 vegetais diferentes disponibilizados para estudo.

Seis das plantas disponíveis no jardim botânico são as mais famosas do espaço: bromélia imperial (Alcantarea imperialis), faveiro de Wilson (Dimorphandra wilsonii), gingko (Gingko biloba), barriguda (Cavanillesia umbellata), cóstus de fogo (Chamaecostus cuspidatus) e palmito juçara (Euterpe edulis).

Algumas árvores como ipê amarelo e palmeiras macaúbas já existiam na época da construção do jardim botânico, e elas acabaram sendo mantidas. Maria Guadalupe conta que a árvore mais antiga da área de visitação é uma paineira rosa (Ceiba Speciosa), plantada há 22 anos.

Jardim das suculentas do jardim botânico
Jardim das suculentas do jardim botânico (Divulgação/Suziane Brugnara)

“Na coleção científica, a mais antiga é uma samambaia, conhecida como samambaia preta, cujo nome científico é Rumohra adiantiformis, planta encontrada tanto em ambientes rupícolas (sobre pedras) quanto sobre galhos das árvores em ambientes florestais”, diz a biológa da fundação.

Jardim trabalha plantas mineiras

Segundo Maria Guadalupe, a missão do jardim botânico é trabalhar com as espécies de plantas nativas de Minas Gerais, em especial as mais raras ou ameaçadas de extinção. O próprio espaço cultiva cerca de 60% dos vegetais.

A especialista conta que o jardim trabalha com a conservação ex-situ para preservar as plantas em extinção. Nesse processo, o vegetal fica fora do local onde ele ocorre naturalmente, e os especialistas aprendem a cultivá-lo, coletando sementes, fazendo testes de temperatura e estudando os requerimentos da planta.

“A gente tem uma espécie de cactos, por exemplo, que ocorrem na região de Grão Mogol, em Minas Gerais. É uma região bem específica, e esse cacto só ocorre lá. Tem muitas canelas-de-ema, que são plantas muito específicas das nossas terras, então a gente tem aprendido a cultivar esses vegetais que são típicos daqui”.

Plantas do jardim botânico arborizam BH

O jardim é responsável, também, por produzir as mudas de vegetais que arborizam as ruas, praças e escolas de Belo Horizonte. Os centros educacionais e regionais da capital solicitam um número de mudas ao jardim botânico que, a partir disso, produz conforme o planejamento.

“A gente tem um viveiro com uma capacidade de estoque de 40 mil mudas, e é onde são produzidas as árvores e as plantas ornamentais da cidade”, afirma a bióloga.

Manutenção das plantas

Com a grande variedade de plantas no jardim botânico, algumas delas têm manutenção mais complexa, como as originárias das serras mineiras. “Essas plantas que ocorrem acima de 1.000 metros de altitude ou sob pedras são de difícil manutenção porque têm um ambiente muito específico de ocorrência, onde a condição climática é muito quente durante o dia e à noite ocorre neblina”, diz Maria Guadalupe.

Pesquisa científica no jardim botânico

Bbiólogos, agrônomos, engenheiros, florestais e pessoas que trabalham com educação ambiental podem usufruir do espaço de pesquisa científica do Jardim Botânico. “As áreas verdes são abertas para a pesquisa mediante um cadastro que passa por uma análise da nossa comissão”, diz Maria Guadalupe.

“As coleções são abertas aos pesquisadores, então muitos que trabalham com áreas da botânica, ecologia, anatomia ou genética utilizam as plantas que têm no nosso espaço para as pesquisas. Isso facilita o acesso, às vezes, a plantas que ocorrem no Norte de Minas ou em lugares muito distantes”.

Maria Guadalupe explica que nem todas as plantas de coleção estão disponíveis para visitação. “Vai depender se é uma planta que aguenta uma área de exposição que não requer um ambiente muito especifico dela, então isso afeta na distribuição dessas plantas no espaço do Jardim Botânico”.

Valores e horário de funcionamento do Jardim Botânico

A entrada no Jardim Botânico é gratuita, sendo cobrado apenas o ingresso do zoológico BH. Lá dentro, o jardim é livre para a visitação. O horário de funcionamento também segue o do zoológico, de terça-feira a domingo, de 8h às 17h.

Jardim japonês

Um outro dispositivo que contempla a flora do zoológico BH é o Jardim Japonês, inaugurado em 2008 como um marco do centenário da imigração japonesa para o Brasil. “Foi uma celebração de amizade entre os povos do Brasil e do Japão”, conta Maria Guadalupe, bióloga da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica.

O Jardim Japonês fica sob os cuidados da equipe que trabalha no Jardim Botânico. O paisagista japonês Haruho Ieda projetou o espaço, que possui as técnicas de paisagismo vinculadas à filosofia japonesa. Ao todo, o lugar abrange 25 espécies de plantas.

“Tem elementos como o portal, a ponte, a pedra, todos eles têm significado. Tem planta que é de origem japonesa, tipo a cerejeira, o bambu, as azaleias, mas tem também, por exemplo, uma árvore de mogno lá dentro que já existia e não foi retirada”, diz Maria Guadalupe.

Plantas orientais x clima de Minas Gerais

Sobre a adaptação das plantas orientais ao clima mineiro, a biológa conta que algumas acabaram não se adequando: “Algumas não sobreviveram de 2008 até aqui, alguns pinheiros nao se adaptaram, então a gente foi trocando por aquelas que são mais adaptáveis da região”.

Para visitar o Jardim Japonês, não é necessário fazer agendamento prévio e nem pagar pela entrada. O local também segue o horário de funcionamento do zoológico BH, de terça-feira a domingo, de 8h às 17h. As visitas técnicas estão disponíveis para grupos universitários e técnicos, por meio deste link.

Jardim Japonês no zoológico BH (Divulgação/Suziane Brugnara)

Parque Ecológico

O Parque Ecológico da Pampulha (Parque Francisco Lins do Rêgo) também faz parte da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte, e fica localizado na mesma avenida do zoológico de BH.

Inicialmente, o Parque Ecológico estava ligado ao jardim zoológico e ao jardim botânico, apesar de não estar fisicamente dentro do zoo. Com a união das fundações, em 2017, o parque passou a ter gerência própria, e agora é independente do zoológico.

“O Parque Ecológico é uma área de lazer e tem um bosque arborizado com espécies de quatro biomas brasileiros, da mata atlântica tanto de litoral quanto do interior do cerrado e espécies amazônicas”, descreve Denilson Santos, gerente do parque.

Parque Ecológico da Pampulha
Parque Ecológico da Pampulha (Divulgação/Suziane Brugnara)

O que fazer no Parque Ecológico?

Ideal para fazer piqueniques, relaxar, praticar esportes e brincar, o Parque Ecológico tem 300 mil metros quadrados e 30% da área é reservada para a fauna.

“Tem a área da esplanada que é para eventos e que também é utilizada para a prática de esportes. As pessoas batem uma bola lá, jogam vôlei, peteca, e no mês de agosto, principalmente, soltam pipa. Tem playground para crianças, slack parque, é permitida a entrada de bicicletas, o pessoal também corre e faz caminhada”.

Funcionamento e acesso

O parque funciona de terça-feira a domingo, de 8h às 17h, e a entrada é gratuita. Escolas e demais instituições educacionais podem organizar excursões para o Parque Ecológico, com entrada livre.

“Quando é exigida a utilização de algum espaço específico ou é um trabalho que demande que a fundação faça o acompanhamento, a gente pede para que seja agendado antes, por e-mail”, pontua o gerente.

Para quem quiser comprar comida, nos fins de semana, o espaço conta com dois food trucks em frente à administração.

Animais no Parque Ecológico

Embora tenha animais no Parque Ecológico, os de grande porte não conseguem acessar o espaço voltado para as pessoas por causa da cerca de 1,5 metro.

Por causa desse contato, o parque proíbe que os visitantes alimentem os animais silvestres. Rondas e vigias circulam no campo para orientar o público a não dar comida para os bichos do local.

Quanto ao risco de febre maculosa ligado às capivaras, Denilson explica que é feito um monitoramento contínuo no Parque Ecológico. “A gente nunca pode falar que o risco é zero porque qualquer área verde pode ter incidência de maculosa, mas hoje, a zoonose faz o monitoramento trimestral”.

“Temos índices muito baixos e não é arriscado para a população. Não há perigo para os visitantes”, garante o gerente do parque. Ainda sobre animais, o local não permite a entrada de animais domésticos.

Festival Sensacional no Parque Ecológico

Devido à parte reservada para eventos, o parque recebeu o Festival Sensacional este ano, e será a sede da próxima edição. Denilson Santos conta que o festival foi o maior evento do Parque Ecológico até o momento, e também o maior público que o parque já recebeu (15 mil).

“A expectativa é que continue tendo proponentes e produtores interessados em fazer esse tipo de evento aqui. A fundação promover evento por si só é inviável, não é função da gente. Nós cuidamos do espaço para que as pessoas que têm interesse em utilizá-lo dessa forma o encontrem da melhor maneira possível”.

Edição: Pedro Rocha Franco
Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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