Por Otávio Augusto
Após um mês sem precedentes durante a pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, o Brasil amargará um abril “sombrio” em casos e mortes decorrentes da infecção. Mesmo se algumas medidas imprescindíveis forem tomadas, o atual estágio da enfermidade no país não permite imaginar reversão expressiva do quadro em curto prazo.
Segundo projeções de técnicos do Ministério da Saúde, se a vacinação não avançar consideravelmente e medidas de isolamento social não forem intensificadas, o panorama, que já é ruim, vai piorar. Os cálculos internos, obtidos pelo Metrópoles com fontes da pasta, apontam que o país pode registrar até 4 mil mortes diárias em abril. O mesmo número é estimado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). A propensão ganhou ainda mais força com os consecutivos recordes dos últimos dias.
Na última semana, por exemplo, o Brasil computou duas marcas inéditas: mais de 3,6 mil óbitos em 24 horas e mais de 300 mil mortes desde o início da pandemia. “Existem duas emergências básicas, do ponto de vista sanitário: a radical ampliação da imunização e a intensificação das regras de distanciamento. O essencial é que logo nos primeiros dias do mês tenhamos vacinado o público maior de 60 anos, para termos efeitos ao longo de abril”, destaca uma técnica do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
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