Achocolatado que causou morte de criança pode ter sido envenenado

Reprodução/PC-MT

A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) de Mato Grosso concluiu o laudo pericial sobre a morte de uma criança de 2 anos, na última quinta-feira (25), em Cuiabá, supostamente causada pela ingestão de achocolatado da marca Itambezinho. A informação foi confirmada pela Polícia Judicial Civil mato-grossense nesta terça-feira (30).

Segundo a Polícia Civil, desde o ocorrido, os investigadores realizaram oitivas com familiares e vizinhos que testemunharam a morte da criança. Cinco caixas do achocolatado comprado pela mãe do menino morto — inclusive uma embalagem vazia do produto consumido pela criança — passaram por testes no laboratório forense da corporação.

Conforme informou a mãe da criança aos investigadores, ela teria ganho as caixas do achocolatado de um vizinho, que não foi localizado pelos policiais para prestar esclarecimentos. Nesse sentido, os investigadores trabalham tanto com a hipótese de contaminação como também de envenenamento, conforme confirmou ao Bhaz a assessoria da Policia Judiciária Civil daquele Estado.

O teor do laudo pericial ainda não foi divulgado.

Morte

Ainda segundo o depoimento da mãe, minutos após a ingestão do achocolatado Itambezinho, o menino teria passado mal. Conforme ela, a criança sentiu falta de ar e foi acometida por princípio de desmaio. Imediatamente, a mãe teria levado a criança para atendimento em um posto de saúde local, onde, por cerca de uma hora, os médicos tentaram reanimá-lo. A criança não resistiu e morreu no local.

Conforme a investigação, a mãe teria experimentado o mesmo achocolatado que o menino ingeriu e também passou mal, sentindo tonturas e náuseas. Assim como o tio da criança, que chegou a ser encaminhado à uma unidade hospitalar.

Interdição

Conforme noticiou o Bhaz nessa segunda-feira (29), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a interdição cautelar do lote 21:18, correspondente ao do produto ingerido pela criança.

Em contrapartida a fabricante do produto, a Itambé, informou por nota ter realizado testes laboratoriais no lote suspenso pela Anvisa, “não identificando nenhuma não-conformidade”.

Confira a nota da Itambé:

“Informamos que sexta-feira, 26 de agosto, recebemos a informação da morte de uma criança de dois anos de idade em Cuiabá, Mato Grosso, supostamente após a ingestão do produto achocolatado Itambezinho (200ml).

Os fatos foram trazidos ao conhecimento da Itambé por parte da Secretaria de Vigilância Sanitária da cidade de Cuiabá, e está sendo investigado pelos órgãos locais.

Ressaltamos que a Itambé prima pela qualidade e excelência dos produtos que chegam às suas gôndolas e este produto está no mercado há mais de uma década e nunca apresentou qualquer problema correlato. Até o presente momento, não tivemos nenhuma outra reclamação de qualquer natureza referente a essa data de fabricação 25.05.16, com validade 21.11.16.

Informamos ainda que a Itambé já realizou análises laboratoriais internas do lote citado, não identificando nenhuma não-conformidade. Em paralelo, outras análises estão sendo feitas em laboratórios externos e no próprio Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A empresa já disponibilizou as contraprovas para os órgãos oficiais e continuará trabalhando em conjunto para outros esclarecimentos que se fizerem necessários”.

Guilherme Scarpellini

Guilherme Scarpellini é redator de política e cidades no Portal BHAZ.

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