Álcool gel caseiro é perigoso e pode aumentar efeito do coronavírus; entenda

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Produção de álcool em gel caseiro é perigosa (Reprodução/Youtube + tommyandone/Envato)

Com a falta de álcool em gel nas prateleiras de supermercados e farmácias, muitos vídeos e informações se espalharam pela internet ensinando a fazer o produto em casa. No entanto, o CFQ (Conselho Federal de Química) alerta que a produção do álcool em gel caseiro não é eficiente e, pelo contrário, aumenta os riscos à saúde e pode potencializar o coronavírus.

Um dos vídeos ensinando a receita caseira publicada no YouTube já conta com mais de dois milhões de visualizações. Em posicionamento publicado na página do CFQ (confira aqui), o conselho explica que as receitas que circulam pela internet baseiam a produção do álcool em gel a partir do álcool líquido concentrado, o que é perigoso. “Quando se utiliza álcool líquido em elevadas concentrações, aumenta-se bastante o risco de acidentes que podem provocar incêndios, queimaduras de grau elevado e irritação da pele e mucosas”, diz o órgão.

O conselho explica ainda que, na tentativa de conter o Covid-19, as pessoas podem aumentar ainda mais a proliferação do vírus. “Além disso, a depender do que se utiliza como espessante, ao invés de eliminar microrganismos pode-se potencializar sua proliferação”, diz o CFQ.

“Os produtos industrializados passam por rigoroso processo de produção, onde há padrões a serem seguidos, todas as etapas são monitoradas e passam por controles de modo a haver padronização, regularidade e qualidade dos produtos disponibilizados ao consumidor final. Já o álcool em gel fabricado a partir de receitas e métodos caseiros não passa por nenhum controle de qualidade, por isso sem garantia de eficácia”, acrescenta o conselho.

Lave as mãos

O álcool gel tem sido procurado devido a sua ação antisséptica, que ajuda na prevenção ao contágio pelo coronavírus. Mas, sem ele, a recomendação é que as pessoas lavem as mãos com frequência.

“As recomendações das autoridades de saúde para higienização das mãos são tanto o álcool gel quanto a lavagem com água e sabão. Sabões, sabonetes e detergentes de um modo geral, graças às suas propriedades químicas, removem a maior parte da flora microbiana na superfície da pele. Eles são compostos de moléculas que apresentam em sua estrutura uma parte apolar e outra polar. A parte apolar, lipofílica, é quimicamente atraída pelas moléculas apolares dos lipídios constituintes da membrana celular dos microrganismos. Simultaneamente, a parte polar interage com as moléculas de água (que também é polar). Essas interações simultâneas fazem com que os microrganismos sejam envolvidos pelo sabão, retirados da pele e levados embora com a água”, afirma a CFQ.

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