Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, foi preso pela Polícia Federal (PF) na manhã deste sábado (14).
A prisão ocorreu logo no desembarque de Torres no aeroporto de Brasília. Ele estava em Miami, nos Estados Unidos, e chegou à capital brasileira por meio de voo comercial, por volta das 7h25 de hoje.
Na saída do aeroporto, foi estruturado um forte esquema de segurança que necessitou de mais de um comboio. Ainda não houve a divulgação do destino final do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.
A prisão de Anderson Torres foi determinada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, na última terça-feira (10). O pedido foi feito pela PF. Um dia depois, a corte validou a decisão por nove votos a dois.
As acusações envolvendo o ex-ministro são de omissão e facilitação para os atos terroristas ocorridos em Brasília, no último domingo (8). O ato antidemocrático na capital federal provocou depredação do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF.
A Polícia Federal encontrou na casa de Anderson Torres uma minuta de decreto de estado de defesa a ser cumprido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esse fato tornou a situação do ex-ministro ainda mais complexa.
Torres, por sua vez, negou ter participado da tentativa de golpe de Estado. Ele postou em suas redes sociais que se entregaria à polícia: “Tomei a decisão de interromper minhas férias e retornar ao Brasil. Irei me apresentar à justiça e cuidar da minha defesa”.
“O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá e vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim. Fomos o primeiro ministério a entregar os relatórios de gestão para a transição. Respeito a democracia brasileira”, defendeu-se o ex-ministro em outra publicação no Twitter.
Com Agência Brasil
