Um anestesista colombiano, suspeito de estuprar pacientes durante cirurgias e armazenar conteúdo infantil pornográfico, foi preso no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (16). O homem filmava os estupros.
Policiais civis da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) prenderam Andres Eduardo Oñate Carrillo na casa dele, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do estado.
Os crimes de estupro de vulnerável, cujas vítimas seriam paciente, foram descobertos durante a investigação que apurava abuso contra crianças.
As investigações começaram em dezembro do ano passado, quando o Serviço de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantil (Sercopi) da Polícia Federal compartilhou suspeitas sobre a movimentação do médico na internet.
Estupro de vulnerável e pornografia infantil
Cumprindo mandados de busca e apreensão, os agentes da Polícia Civil constataram que o médico armazenava imagens dos estupros das pacientes, além de mais de 20 mil arquivos com imagens de abuso sexual de crianças e adolescentes.
O material chamou atenção pela gravidade e quantidade de arquivos, que incluíam até bebês com menos de um ano de vida.
A partir das imagens das pacientes, os investigadores cruzaram dados como datas, hospitais e nomes das vítimas. Só então, pediram a prisão preventiva do médico.
Além de estupro de vulnerável, o anestesista responde a inquérito por produção e armazenamento de cenas de abuso infantojuvenil.
Diante das descobertas, a polícia espera avançar nas investigações. A corporação levantará todas as unidades nas quais o médico trabalha, além de encontrar novas possíveis vítimas.
A captura ocorreu após ações de inteligência e monitoramento pela equipe da DCAV. Todos os materiais apreendidos com o suspeito serão analisados.
Caso Giovanni Quintella
Em julho do ano passado, a Polícia Civil concluiu o inquérito que investigava o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, acusado de estuprar uma paciente durante o parto. Ele foi indiciado pelo crime de estupro de vulnerável e, agora, enfrenta julgamento.
O processo contra o anestesista começou com a gravação do crime feita pela equipe de enfermagem que participava do parto, que desconfiou do comportamento do médico.
Os agentes fizeram a prisão em flagrante do anestesista ainda no Hospital da Mulher Heloneida Studart, onde ocorria o parto, em São João de Meriti (veja aqui).
Com PCERJ
