A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou à Fugini, nessa segunda-feira (10), a retomada da vendas de produtos fabricados a partir de 27 de março. A revogação da resolução que suspendia a comercialização ocorre após uma nova inspeção sanitária na empresa.
No final de março, uma das fábricas da Fugini, em Monte Alto (SP), foi alvo de uma inspeção sanitária que constatou “falhas graves” de boas práticas de fabricação relacionadas à higiene, controle de qualidade e segurança das matérias-primas, controle de pragas, rastreabilidade, entre outros.
Na ocasião, o órgão suspendeu a comercialização e distribuição para os produtos em estoque na empresa. Assim, determinou que o retorno só poderia acontecer quando a Fugini adequasse o processo de fabricação dos produtos às boas práticas definidas pela agência.
A Anvisa ainda recolheu lotes de maionese por uso de matéria-prima vencida, tendo em vista que esse tipo de produto representa “risco ou agravo à saúde do consumidor”. A Fugini fez o recall de parte da maionese da planta de Monte Alto após o que chamou de “erro operacional”. Um dos alimentos – urucum – utilizado como corante do produto estava fora da data de validade.
Retomada parcial da fabricação
A Fugini passou por uma nova inspeção entre os dias 3 e 5 de abril. Equipes do Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo (CVS-SP) e da Vigilância Sanitária Municipal avaliaram as reformas nas adequações para cumprir as determinações dos órgãos.
Segundo a Anvisa, a empresa cumpriu grande parte das ordenações e adequou rapidamente sua planta fabril e seu processo de fabricação. Desse modo, tornou-se apta a retormar parcialmente as atividades.
Ainda segue mantida a suspensão da fabricação de produtos que tenham os principais alimentos alergênicos ou derivados. Além disso, o uso de alimentos em estoque e polpas de tomate usadas como matéria-prima, fabricados até 27 de março, está proibido.
Boas Práticas de Fabricação
De acordo com a Anvisa, as boas práticas de fabricação são um conjunto de procedimentos que as empresas fabricantes devem seguir.
As práticas englobam uma série de regras relacionadas à fabricação de um alimento, indo desde as condições físicas e higiênico-sanitárias das instalações até o controle de qualidade das matérias-primas e do produto final. Além disso, passa por questões como saúde e capacitação dos trabalhadores, controle de pragas, armazenamento, transporte e documentação, dentre outros.
