Com braçadeira de suástica, ex-aluno atira bombas caseiras em fachada de escola em Monte Mor

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O autor do ataque não conseguiu entrar dentro da escola (Reprodução)

Um adolescente de 17 anos foi detido hoje (13) após tentar cometer um atentado terrorista em uma escola na cidade de Monte Mor, em São Paulo. Aconteceram duas explosões com bombas caseiras na entrada da instituição de ensino e não houve feridos.

O autor também portava uma machadinha e uma braçadeira com uma suástica, símbolo nazista. Ele é ex-aluno da escola. O caso ocorreu na Escola Estadual Professor Antonio Sproesser. No local, também funciona a Escola Municipal Vista Alegre.

A Prefeitura de Monte Mor se posicionou sobre o caso por meio da Secretaria de Educação e da Secretaria de Segurança. Segundo o órgão, o menor de idade foi apreendido pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Monte Mor e foi colocado à disposição da Polícia Judiciária.

Após a ocorrência, os alunos foram dispensados das aulas. O Corpo de Bombeiros e as polícias Militar e Civil atuaram no caso. A rua da escola foi interditada para apuração do ocorrido. Também foram apreendidas garrafas amarradas contendo combustível e pregos.

Além disso, a Secretaria de Segurança, por meio da GCM, também está reforçando a segurança em todas as outras escolas municipais de Monte Mor. A prefeitura do município ressaltou “repúdio a todo e qualquer ato de violência”.

Após a tentativa de atentado, a Secretaria de Educação de Monte Mor colocou um suporte de atendimento psicológico à disposição dos alunos, seus familiares, corpo docente e os funcionários da unidade de ensino. O auxílio se inicia a partir desta terça-feira (14).

Ataques a escolas

Em novembro do ano passado, um ataque a tiros em duas escolas do Espírito Santo chocou o país. Os atentados cometidos por um homem em uma instituição particular e outra pública deixaram quatro mortos e mais de 10 feridos.

No mesmo mês, duas escolas de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, foram alvo de ataques.

A Escola Municipal Silvino Diniz, no bairro Solar do Madeira, teve carteiras, vidraças e equipamentos pichados. Os invasores picharam referências ao nazismo nas paredes da instituição, como desenhos da suástica e o nome de Hitler. Já na Escola Municipal Professora Maria Martins, vários vidros foram quebrados, e câmeras, arrancadas.

No Brasil, fazer uso e apologia a símbolos nazistas é crime. A pena é de um a três anos de prisão. O artigo 20, § 1º, da Lei 7.716/89, alterada pela Lei 9.459/97, diz que “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo” é crime.

Edição: Roberth Costa
Beatriz Kalil Othero[email protected]

Jornalista formada pela UFMG, escreve para o BHAZ desde 2020, e atualmente, é redatora e fotógrafa do Portal. Participou de reportagens premiadas pela CDL/BH em 2021 e 2022, e pela Rede de Rádios Universitárias do Brasil em 2020.

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