Cidadãos que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) – ajuda mensal equivalente a um salário mínimo que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) proporciona a idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência e incapacitadas para o trabalho – têm que fazer o recadastramento para evitar a suspensão do benefício a partir de janeiro de 2019.
Somente em Minas, 450.653 pessoas recebem o benefício, sendo 190.261 idosos e 260.392 pessoas com deficiência. Desse total 139.250, 31% ainda precisam ser incluídos no Cadastro Único (CadÚnico) para evitar a suspensão do benefício a partir de janeiro de 2019. Em razão disso, a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese) lançou a campanha “Cadastrar para incluir”.
Com o objetivo de alertar os beneficiários e incentivar a cidadãs com direito à ajuda mensal a se cadastrarem, a campanha vai realizar mutirão nos municípios na semana de 21 a 25 de maio inscrição de beneficiários no CadÚnico. Uma equipe da secretaria vai apoiar as equipes para a realização das ações. A inscrição pode ser feita no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) dos municípios.
De acordo com a subsecretaria da Assistência Social, Simone Albuquerque, as pessoas que não se cadastrarem até dezembro deste ano terão o benefício cortado. Já as que ainda não são beneficiárias, mas se enquadram no perfil para receber o BPC, também devem fazer o cadastro para receber o benefício, garantido pela Constituição Federal e regulamentado pela Lei Orgânica de Assistência Social (Loas)”, informa.
Benefício para viver
Quem conhece o sorriso bonachão de Maria Ferreira de Camilo, de 79 anos, não pode imaginar o drama que ela vive para sobreviver com os dois filhos. Dependentes químicos, um com 60 anos, e outro com 42 anos, é ela quem sustenta a família apenas com o salário mínimo que recebe do benefício continuado a que tem direito.
“Graças a Deus, ele me deu este dinheiro”, diz Maria, que mesmo com a adversidade insistente em ter fé na vida. Maria, mora no bairro Lagoinha, região Noroeste da capital, e diz que o benefício é que garante o remédio dos filhos, a comida e até mesmo a troca da geladeira velha por uma melhorzinha.
Maria Aparecida Lima, de 62 anos também reconhece a importância do BPC. Moradora do bairro Glória, na região Noroeste da capital, Maria não deixou para a última hora o recadastramento. Ela, que é portadora de deficiência, e seu filho de 22 anos, que tem distúrbios mentais, fazem jus ao benefício que garante o sustento da família. “O benefício é um dinheiro abençoado na minha vida e dos meus filhos!”, admite. Assim como ela, mais de 450 mil pessoas em Minas Gerais e 4 milhões no país todo dependem do BPC.