O Brasil encerrou o terceiro trimestre com 12 milhões de desempregados. Os dados foram revelados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (29). A taxa de desemprego ficou em 12%, uma queda de 0,6% em comparação ao trimestre anterior, quando a taxa estava em 12,6%. No mesmo período do ano passado a taxa foi de 11,9%, o que mostra uma leve alta.
Segundo especialistas, o emprego informal e as vagas abertas pela sazonalidade do comércio em virtude das festas de fim de ano contribuíram para a diminuição das pessoas desocupadas. O trabalho com carteira assinada caiu 2,5% no trimestre encerrado em novembro, o que representa menos 857 mil pessoas com carteira assinada. No setor privado houve aumento de 6,9% no número de empregados sem carteira assinada. Já os que trabalhavam por conta própria também tiveram alta (5%), enquanto os trabalhadores domésticos cresceram 4,1% em relação ao ano passado.
Para o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, a desocupação ainda está maior que a do ano passado, mas esse crescimento desacelerou visivelmente na comparação anual. “Não estamos com um número menor de desocupados [em relação ao ano passado], mas ele desacelerou”.
Carteira assinada
O país fechou o trimestre encerrado em novembro último com 33,2 milhões de empregados com carteira de trabalho assinada, número que indica estabilidade frente ao trimestre anterior (junho-julho-agosto de 2017), mas no confronto com o mesmo trimestre do ano passado, significa uma queda de 2,5%, percentual correspondente a menos 857 mil trabalhadores com carteira assinada.
Por outro lado, o número de empregados sem carteira de trabalho assinada cresceu 3,8%, entre o trimestre encerrado em setembro e o encerrado em novembro deste ano – mais 411 mil pessoas na informalidade. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado este crescimento chegou a 6,9% – mais 718 mil pessoas.
Os trabalhadores por conta própria fecharam novembro em 23 milhões de pessoas, ficando estável na comparação com o trimestre junho-julho-agosto, mas crescendo 5% em relação ao mesmo período do ano passado – mais 1,1 milhão de pessoas.
Da Agência Brasil
