O ator Bruno Gagliasso, já conhecido por não se simpatizar pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mandou uma série de recados para o chefe do Executivo brasileiro em rede social nessa sexta-feira (15). Os protestos do artista aconteceram no mesmo dia em que o país realizou um panelaço pelo impeachment do presidente. Em Belo Horizonte, foram mais de dez minutos de protesto.
Bruno fez uma sequência de tuítes elencando razões pelas quais o Bolsonaro cairia, dentre elas: “porque você escolheu se isolar com inúteis e incompetentes jurando que quem pensa diferente é idiota como os seus”, “porque você é minúsculo” e “porque você não sabe ouvir o outro”.
Ele também lembrou da situação de Manaus, que ficou sem oxigênio essa semana, causando diversas mortes na capital do Amazonas: “Você vai cair porque o seu grupinho não consegue mandar um cilindro para salvar uma vida”. “O povo do Amazonas já não procura vocês”, completou.
O ator faz parte da ação organizada por artistas brasileiros para enviar cilindros de oxigênio e outros materiais em falta nos hospitais de Manaus. Whindersson Nunes, 26, foi pivô da mobilização e passou a chamar diversos amigos para ajudarem o povo amazonense.
Bruno, inclusive, reclamou da falta de ação do governo nessa questão: “Não vi um oficial da FAB ou comerciante de oxigênio no país inteiro dizer que não poderiam nos ajudar porque o Governo do Brasil estava à frente. E contra isso, Bolsonaro, nenhum robô pode lutar”. Ele lembrou que recém-nascido em Manaus também estão sofrendo com a falta de oxigênio:
Essa sequência de tuítes aconteceu após o “panelaço”, que Bruno também se mostrou a favor. No momento do protesto, ele se manifestou “Fora incompetente. O Brasil é maior que Bolsonaro. Reage Brasil! Somos todos um só! Vamo”, escreveu.
Conflito antigo
Essa não é a primeira manifestação de Bruno contra Jair Bolsonaro. Antes de ser presidente, o ator já não era simpático ao então deputado do Rio de Janeiro. Em 2017, ele e a sua esposa, Giovanna Ewbank, saíram de um evento assim que Bolsonaro chegou ao local. Eles estavam assistindo ao vivo a edição carioca do UFC e resolveram voltar para casa e ver a luta pela televisão.
No começo deste ano, ele também já tinha publicado críticas à gestão do presidente na pandemia em rede social, depois que Bolsonaro desprezou o novo recorde de mortes no Brasil. Na época, o país tinha ultrapassado a China em número de óbitos por Covid-19 e, quando questionado sobre o assunto, o presidente respondeu: “E daí, eu lamento. O que você quer que eu faça? Sou Messias, mas não faço milagre”.
O irmão de Gagliasso, contudo, é apoiador de Bolsonaro. No começo deste ano, protagonizou uma polêmica envolvendo Neymar. Thiago Gagliasso teria ido à famosa festa de final de ano do jogador e publicou fotos no evento. Thiago rebateu críticas de internautas com palavrões e ofensas.
Thiago ocupou o cargo de assistente da Superintendência de Arte da Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa, na gestão do governador carioca Wilson Witzel, antigo apoiador do presidente. Ele não se dá muito bem com o seu irmão.