Campanha pede mobilização nas redes sociais para combater violência contra a mulher

Campanha combate violência contra a mulher
OUma campanha coletiva e virtual busca combater a violência contra a mulher, por meio de um vídeo curto que pode ser facilmente compartilhado nas redes sociais. O objetivo é conscientizar o máximo de pessoas possível sobre o problema, lutando contra a normalização desse tipo de crime (Divulgação)

Uma campanha coletiva e virtual busca combater a violência contra a mulher, por meio de um vídeo curto que pode ser facilmente compartilhado nas redes sociais. O objetivo é conscientizar o máximo de pessoas possível sobre o problema, lutando contra a normalização desse tipo de crime.

A campanha começou nessa quinta-feira (25), Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres. No vídeo, uma mulher aparece dançando uma coreografia e se filmando com o celular. Ao longo dos 15 segundos, a cada tomada, ela vai aparecendo cada vez mais machucada, com hematomas nos olhos e nos braços.

Na última cena, a mulher já não está mais na sala de casa, e um texto aparece na tela: “#nãonormalizeaviolência. Denuncie. Disque 180”. A campanha foi organizada pela Filadélfia Comunicação, pela psicóloga e advogada Isabela Stamm, e pela produtora Guerrilha Filmes.

Para baixar o vídeo, que também tem uma versão com texto em inglês, é só clicar neste link. Os organizadores da campanha também pedem que os internautas usem a hashtag #nãonormalizeaviolência para compartilhar as publicações nas redes sociais.

A iniciativa defende que a sociedade em que vivemos “tende a ‘normalizar’ a permissividade da agressão corporal, os padrões de masculinidade que são baseados no controle e na violência e repudiar a igualdade de gênero”.

A afirmação é sustentada por dados: segundo pesquisa do Instituto Datafolha, uma em cada quatro mulheres acima de 16 anos – cerca de 17 milhões no total – afirma ter sofrido algum tipo de violência no último ano no Brasil, durante a pandemia de Covid-19.

“É fundamental que o maior número de mulheres chame atenção para o tema, incentivando a denúncia, para aumentar a rede de suporte às mulheres que sofrem agressões”, defende a campanha.

Conscientização

A ONU Mulheres começou ontem uma campanha internacional contra a violência de gênero para marcar o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres. Segundo a Organização das Nações Unidas, o Brasil é o quinto na lista de países com mais crimes de gênero.

As ações serão realizadas até 10 de dezembro, Dia dos Direitos Humanos. Desde 1991, essa campanha atua para prevenção e eliminação da violência contra mulheres e meninas.

Vários órgãos do Governo de Minas também se mobilizaram em uma campanha de combate à violência contra a mulher. A Polícia Civil, o Tribunal de Justiça e outros órgãos se juntaram aos “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, campanha internacional que começa todo dia 25 de novembro.

Por meio do Instagram, a Polícia Civil trará a cada dia o vídeo de uma mulher que sobreviveu à violência doméstica. “Não vou me calar”, disse Cynthia Rezende, vítima que procurou a corporação e rompeu o ciclo de violência do qual era vítima.

Onde conseguir ajuda?

Caso você seja vítima ou conheça alguém que precise de ajuda, pode fazer denúncias pelos números 181, 197 ou 190. Além deles, veja alguns outros mecanismos de denúncia:

Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher: av. Barbacena, 288, Barro Preto | Telefones: 181 ou 197 ou 190

Casa de Referência Tina Martins: r. Paraíba, 641, Santa Efigênia | 3658-9221

Nudem (Núcleo de Defesa da Mulher): r. Araguari, 210, 5º Andar, Barro Preto | 2010-3171

Casa Benvinda – Centro de Apoio à Mulher: r. Hermilo Alves, 34, Santa Tereza | 3277-4380

Ponto de Acolhimento e Orientação à Mulher em Situação de Violência: avenida dos Andradas, 3.100, no Núcleo de Cidadania da Câmara Municipal de Belo Horizonte.

Aplicativo MG Mulher: Disponível para download gratuito nos sistemas iOS e Android, o app indica à vítima endereços e telefones dos equipamentos mais próximos de sua localização, que podem auxiliá-la em caso de emergência. O app permite também a criação de uma rede colaborativa de contatos confiáveis que ela pode acionar de forma rápida caso sinta que está em perigo.

Seja qual for o dispositivo mais acessível, as autoridades reforçam o recado: peça ajuda.

Edição: Vitor Fernandes
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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