Cardiologista é acusado de molestar ao menos 20 mulheres; MP pede sua prisão preventiva

Perfil do médico está ativo no site do Cremesp (Cremesp/Reprodução)

Um médico cardiologista de 74 anos está sendo acusado de cometer abusos sexuais contra mais de 20 mulheres, no interior de São Paulo. Até agora, a Delegacia da Mulher já ouviu 20 depoimentos, todos com narrativa similar. O caso mais antigo teria ocorrido há mais de 20 anos.

O Ministério Público Estadual (MPE) de São Paulo apresentou à Justiça na segunda-feira (14) denúncia criminal contra Augusto César Barretto Filho, e pediu que seja decretada sua prisão preventiva como forma de garantia da ordem pública, já que no entendimento do MPE existe o risco de ele voltar a praticar os delitos contra pacientes.

Na denúncia, o promotor de Justiça Filipe Teixeira Antunes acusa o médico de cometer o crime de violação sexual mediante fraude, previsto no artigo 215 do Código Penal, com pena de reclusão de dois a seis anos, agravado pelo abuso de poder ou violação de dever inerente ao cargo ou profissão.

Barretto Filho estaria há anos recebendo as pacientes em seu consultório, em Presidente Prudente, e as pressionando a tocar seu órgão genital. Algumas vítimas teriam relatado que com elas o médico teria sido mais violento’, e as teria agarrado de costas e tocado suas partes íntimas.

As investigações contra o cardiologista tiveram início quando uma mulher fez denúncia contra Barretto ano passado. Ela teve uma consulta em julho de 2018 com o cardiologista e revelou que Barretto tocou em suas partes íntimas e fez com que a mulher tocasse em seus órgãos genitais. De acordo com a denúncia, a vítima teria pedido que o médico parasse, mas não foi atendida. Sem reação, ela não conseguiu pedir socorro na hora.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) anunciou a abertura de sindicância para apurar as reclamações contra o cardiologista. “As novas denúncias, reveladas por meio da imprensa, serão juntadas à investigação em curso”, disse a nota — a apuração ficará a cargo da Câmara Técnica de Assédio Sexual e não há previsão sobre o término do trabalho, que segue sob sigilo determinado por lei.

Defesa

Em depoimento à Polícia Civil, segundo o MPE, o médico negou todas as acusações. O advogado Emerson Longhi, que atua na defesa de Augusto César Barretto Filho, informou que ainda não vai se posicionar sobre o caso.

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