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Cascão entra na água em campanha da Turma da Mônica pelo Rio Grande do Sul

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Personagem enfrentou o maior medo dele em solidariedade às vítimas do RS (Instagram/Reprodução)

A Turma da Mônica resolveu colocar o Cascão dentro da água por uma boa causa: incentivar que as pessoas ajudem as vítimas das chuvas que deixam um rastro de destruição pelo Rio Grande do Sul. Nesta terça-feira (7), o perfil oficial da revistinha publicou uma imagem do personagem, famoso por odiar água, enfrentando seu medo para socorrer aqueles que precisam.

“A 1ª vez que o Cascão entrou na água foi em 1983, para ajudar vítimas das enchentes na região Sul do país. Hoje, o Cascão volta à água para ajudar novamente”, diz a mensagem na imagem. Já a legenda da publicação diz: “Em uma catástrofe como essa, toda ajuda é bem-vinda e até o Cascão sabe disso. Juntos, pelo Rio Grande do Sul!”

A campanha emocionou muitos internautas. “Tão simples, mas quem é fã sabe o significado!!! Parabéns pela sensibilidade, como sempre!”, escreveu um. “Parece bobagem, mas o simbolismo desse quadrinho é gigante”, disse outro. “Sou gaúcha, me alfabetizei lendo Turma da Mônica, e vocês me fizeram chorar agora!!! Minha terra sofre”, afirmou um terceiro.

Maior navio da Marinha, pontos de doações e mais

Há uma grande mobilização de esforços para socorrer e ajudar as vítimas das chuvas que deixaram um rastro de destruição em mais de 78% dos municípios do Rio Grande do Sul (RS). Nesta quarta-feira (8), a Marinha brasileira enviará o maior navio de guerra da América latina para aumentar o apoio às populações atingidas pelas enchentes no estado.

Conhecido como “Atlântico”, o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) transportará duas estações móveis para tratamento de água, capazes de produzir 20 mil litros de água potável por hora. Elas serão usadas para o abastecimento de água das mais de 854 mil pessoas que foram afetadas pelo colapso do sistema de tratamento e abastecimento do RS.

Além do transporte das estações, o navio levará oito embarcações de médio e pequeno porte para auxiliar no resgate às vítimas ilhadas e no transporte de suprimentos pelas vias alagadas. Ao todo, a Marinha mobilizou quatro navios, 20 embarcações, 12 aeronaves, centenas de militares, 40 viaturas, um hospital de campanha e 30 cilindros de oxigênio para o estado.

Postos de coleta de doações em BH

Em Belo Horizonte, há vários postos de coleta de doações que serão levadas ao Rio Grande do Sul. Veja os endereços abaixo:

Aeroporto da Pampulha

O Aeroporto da Pampulha começou a receber doações para vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul a partir desse domingo (5). A unidade está recebendo alimentos não perecíveis e materiais de higiene pessoal que serão doados às pessoas desabrigadas e desalojadas por causa das fortes chuvas do estado.

As pessoas poderão colocar as doações em um posto de coleta devidamente identificado no terminal de passageiros. Todo o material será encaminhado aos órgãos de defesa e proteção social do Rio Grande do Sul.

Endereço: Praça Bagatelle, 204 – São Luiz, Belo Horizonte

Aeroporto de Confins

O Aeroporto de Confins é outro ponto de coleta de mantimentos. Por lá, podem ser entregues alimentos não perecíveis, roupas, ração para gato e cachorro, cobertores e travesseiros, brinquedos, fraldas, roupas íntimas e absorventes.

Não podem ser doados produtos de limpeza que contenham alvejantes ou corrosivos, produtos inflamáveis como álcool 70%, óleo de cozinha, botijão de gás, lamparinas ou velas.

Endereço: LMG-800, nº 76 – Confins

Servas

Em parceria com a Defesa Civil de Minas Gerais, o Servas está arrecadando cobertores, água, produtos de higiene e limpeza, além de doações via Pix, pela chave: [email protected].

Endereço: Avenida Cristóvão Colombo, 683 – Funcionários. Aberto de segunda à sexta-feira, das 8h às 18h.

Petz

As unidades da loja de produtos para animais de estimação Petz em Belo Horizonte também estão recolhendo mantimentos a serem entregues à população do Rio Grande do Sul.

Endereços: Av. Nossa Sra. do Carmo, 1448 – São Pedro e Av. Professor Magalhães Penido, 1000 – Liberdade.

PUC Minas

A PUC Minas (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais), por meio da Pastoral Universitária, está realizando campanha para ajudar os atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

Lá, é possível doar roupas, alimentos não perecíveis, produtos de higiene pessoal e limpeza. As doações podem ser entregues a partir desta terça (7), no Centro de Espiritualidade dos campi e unidades.

Na PUC Minas Praça da Liberdade as doações deverão ser entregues diretamente na Pastoral da unidade, sala 414 do prédio 3 – PIC.

Endereços:

PUC Minas campus Coração Eucarístico – Av. Trinta e Um de Março – Coração Eucarístico, Belo Horizonte

PUC Minas São Gabriel – Rua Walter Ianni, 255 – São Gabriel, Belo Horizonte

Mascate Runeria

A Mascate Runeria, bar localizado no bairro Floresta, na região Leste de Belo Horizonte, também está arrecadando mantimentos para a população do Rio Grande do Sul.

O estabelecimento recebe doações durante todo o horário de funcionamento da unidade: de segunda à sexta 11h às 15h e aos fins de semana e feriados das 12h às 15h. À noite, de quarta a domingo, o bar abre das 18h às 2h.

Endereço: Av. do Contorno, 1790, Floresta

PIX Rio Grande do Sul

Para facilitar as doações financeiras, o governo do Rio Grande do Sul ativou a chave Pix (CNPJ) 92.958.800/0001-38, que recebe qualquer quantia em dinheiro.

Os recursos serão integralmente revertidos para o apoio humanitário às vítimas das enchentes e para a reconstrução da infraestrutura das cidades.

Até o último boletim divulgado pela Defesa Civil estadual, na manhã de hoje, as chuvas afetam 1.367.506 pessoas em 388 municípios, com 90 mortes e 361 feridos. Há 155.741 pessoas desalojadas e 48.147 pessoas em abrigos. Os desaparecidos chegam a 132.

Governo prepara linha de crédito para famílias no RS

O ministro da Fazendo, Ferndo Haddad, afirmou nessa segunda-feira (6), que as famílias afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul poderão receber uma linha de crédito especial para a reconstrução de casas. O crédito se somará ao repasse de verbas ao governo gaúcho e às prefeituras das localidades atingidas pelo evento climático extremo.

“É preciso uma linha de crédito específica para reconstrução da casa das pessoas. A maioria não tem cobertura de seguro. Então, isso tudo vai ter que ser visto”, disse o ministro.

A linha de crédito se somará a outras medidas voltadas às famílias atingidas pela tragédia, como o adiamento, por três meses, do pagamento de tributos federais por pessoas físicas e empresas, inclusive o Imposto de Renda, nos 336 municípios gaúchos em estado de calamidade pública. Para as micro e pequenas empresas e os microempreendedores individuais, o pagamento foi adiado em um mês.

Segundo Haddad, as medidas devem ser fechadas e apresentadas hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro informou que enviará alguns cenários para o presidente decidir.

Repasse federal com emendas parlamentares supera R$ 1 bilhão

O total de repasses do governo federal ao Rio Grande do Sul com a antecipação do pagamento de emendas parlamentares individuais vai superar R$ 1 bilhão. O estado enfrenta a pior cheia da história com mais de 60% dos municípios atingidos por fortes chuvas.

Na tarde dessa segunda-feira (6), o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que os parlamentares gaúchos identificaram cerca de R$ 480 milhões em emendas individuais que podem ser antecipadas. O valor corresponde às emendas individuais de transferência especial, que são enviadas diretamente para o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Esse novo pacote se soma à liberação de R$ 580 milhões em emendas parlamentares que já havia sido anunciada mais cedo, totalizando R$ 1,06 bilhão. Os pagamentos deverão ser antecipados nos próximos dias.

AGU cria grupo de assessoramento jurídico para o RS

A Advocacia-Geral da União (AGU) criou um grupo especial para assessoramento jurídico em defesa das políticas públicas de auxílio à população afetada pelas fortes chuvas que atingem cidades do Rio Grande do Sul.

Além de identificar as medidas de ações judiciais necessárias para o enfrentamento da calamidade pública, o grupo também será responsável por articular e promover a interlocução com órgãos federais, autoridades e agentes públicos estaduais e municipais.

Coordenado pela advogada da União Mônica Casartelli, o grupo terá ainda mais dois representantes das secretarias de Contencioso e Consultoria da AGU, além de consultores jurídicos de sete ministérios e de quatro outros órgãos da AGU.

Por meio de nota, Mônica explicou que o grupo irá propor medidas jurídicas que impactem na recuperação da região afetada pela catástrofe socioambiental.

“A Advocacia-Geral da União quer apresentar uma pronta resposta a demandas de assessoramento jurídico de alta complexidade, relacionadas a esta emergência enfrentada pelo Rio Grande do Sul”, assinalou.

Amanda Serrano

Foi estagiária do Jornal Estado de Minas e da TV Band Minas. Também trabalhou na assessoria política. Atualmente é repórter do Portal BHAZ.
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