Brasil pode ter quase 5 mil casos de coronavírus nos próximos dias; aponta estudo

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Pesquisadores elaboraram cenários otimista, mediano e pessimista para evolução de casos (prostooleh/Envato)

Pesquisadores da PUC-Rio, Fiocruz e Instituto D’Or da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro realizaram um estudo de projeção de novos casos de coronavírus no Brasil.

A pesquisa estimou, que até o dia 26 de março, o Brasil pode ter até 4.970 casos confirmados de coronavírus. São Paulo, por exemplo, que concentra o maior número de casos, terá 3.380 casos oficiais, nessa data.

Os estudiosos falaram ao UOL, que para chegar a esses dados, eles replicaram a taxa de crescimento e medidas de contenção de países como Irã, Itália, Coreia do Sul, Espanha, França, Alemanha, China e EUA.

O Brasil atingiu 50 confirmados no último dia (12). A partir desse dado, os pesquisadores conseguiram obter a projeção de 15 a 26 de março. Se o Brasil replicar o pior cenário, a expectativa é de que, em 9 dias, o país tenha 4.970 casos; na expectativa otimista, é possível chegar ao número de 2.314 casos; a mediana é de 3.750.

Em entrevista coletiva, concedida nessa terça (17), pelo Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ele afirmou que a situação deve piorar nos próximos meses, com aumento dos casos.

A situação, se adotadas as medidas e recomendações, só deve resultar em um alívio do quadro no segundo semestre. “Vamos passar 60 a 90 dias de muito estresse. Para que quando chegar no fim de julho entra no plateau [estabilidade]. Em agosto e setembro podemos estar voltando [a normalidade] desde que construamos a imunidade de mais de 50% das pessoas”, projetou o ministro.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem recomendado testar o maior número possível de pessoas. O Brasil, porém, não apresenta estrutura hospitalar ou mesmo kits de diagnóstico suficientes para fazer esses testes e deu prioridade a casos graves.

Testes de coronavírus

Os representantes do ministério afirmaram que estão dialogando com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e com laboratórios privados para ampliar a oferta de testes. Os exames foram apontados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como medida fundamental para evitar a disseminação do vírus nos países. A Fiocruz teria se comprometido a entregar mais 45 mil testes entre março e abril, e até 1 milhão de exames até os próximos quatro meses. Nos locais com transmissão comunitária, passarão a ser testados apenas pacientes internados.

A justificativa apresentada pelos integrantes do ministério foi que nessas situações (quando o vírus está mais disseminado e não há mais conhecimento sobre a cadeia de infecção) não há insumos para testar todas as pessoas, devendo privilegiar o foco nos casos mais graves. “Quando temos transmissão comunitária, temos que testar pessoas com síndrome respiratória aguda grave, quem vai ao hospital e população mais vulnerável, especialmente os idosos”, comentou a representante da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) no Brasil, Socorro Gross.

Com Agência Brasil

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