Rio Grande do Sul contabiliza 13 mortos por fortes chuvas e declara estado de calamidade pública

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Fortes chuvas no Rio Grande do Sul causam alagamento em várias cidades (Reprodução/Redes Sociais)

O Rio Grande do Sul está em estado de calamidade pública por causa das fortes chuvas que atingem o estado, desde a última sexta-feira (26). Ao todo, 13 pessoas morreram e pelo menos 21 estão desaparecidas, segundo balanço da Defesa Civil estadual divulgado hoje (2).

Além dos mortos e desaparecidos, mais de 44,6 mil pessoas foram afetadas de alguma forma pelas chuvas. Até o momento, 134 prefeituras reportaram prejuízos por causa de alagamentos, transbordamento de rios, deslizamentos e outras consquências.

O número de desalojados passa de 9,9 mil, e o de pessoas que tiveram que buscar abrigos públicos ou de entidades assistenciais chega a 4,5 mil. Segundo a Defesa Civil, as mortes ocorreram em Encantado, Itaara, Pantano Grande, Paverama, Salvador do Sul, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, São João do Polêsine e Segredo.

Imagens que circulam pelas redes sociais mostram ruas completamente alagadas e carros sendo arrastados pela correnteza. Estradas e pontes também cederam.

Governador se reúne com Lula

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) se reuniu com o presidente Lula (PT), nesta quinta-feira (2), para articular ações emergenciais para o estado. Eduardo apresentou um panorama dos efeitos das chuvas e das ações de salvamento que estão em curso.

Como medida emergecial, ficou decidido que será criada uma Sala de Situação integrada, sob coordenação do comandante militar do Sul, general Hertz Pires do Nascimento. O local servirá para organizar as operações de resgate em todas as regiões atingidas.

“Precisamos de todos os recursos técnicos e humanos para salvar vidas neste momento. Estamos testemunhando um desastre histórico, infelizmente. Os prejuízos materiais são gigantescos, mas nosso foco neste momento são os resgates”, disse o governador.

Governo de Minas envia ajuda

O Governo de Minas vai enviar, nesta quinta-feira, ajuda técnica e humanitária para os atingidos pelas chuvas no Rio Grande do Sul. Ao todo, 28 bombeiros irão prestar apoio junto com a Defesa Civil estadual e a SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais).

O objetivo do envio é prestar auxílio nas ações de busca e salvamento de vítimas das inundações. Ontem (1°), dois profissionais da Defesa Civil já haviam se deslocado para o RS para dar início aos trabalhos.

Os bombeiros serão transportados por viaturas terrestres e por aeronaves, com previsão de decolagem para às 15h30. Uma segunda aeronave deve decolar amanhã (3).

Situação pode piorar

Em entrevista nessa quarta-feira (1°), o governador Eduardo Leite definiu a situação como “guerra” e “cenário de caos”. O políticou afirmou que a situação deve piorar nos próximos dias, já que a previsão é de que continue chovendo intensamente pelo menos até domingo (5).

“Infelizmente, este será o maior desastre que nosso estado já enfrentou. Será maior do que o que assistimos no ano passado”, lamentou o governador. No ano passado, as fortes chuvas que atingiram o estado deixaram mais de 50 mortos e grandes danos materiais.

“Neste momento, os números são absolutamente imprecisos e, infelizmente, vão aumentar muito ao longo das próximas horas e dos próximos dias”, declarou. Os órgãos públicos responsáveis estão monitorando a situação das barragens, principalmente na região Central do RS.

Jogos adiados

Por causa das fortes chuvas, as partidas de futebol que aconteceriam nesta semana com os times do Rio Grande do Sul foram adiadas. Dentre elas, o jogo que aconteceria entre o Cruzeiro e o Internacional neste sábado (4) no Mineirão. A nova data será definida em breve.

Com Agência Brasil e Governo do Rio Grande do Sul

Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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