Conta de luz deve ter bandeira verde até o fim de 2022, diz ONS

Bandeira de escassez hídrica será retirada até dezembro
Bandeira de escassez hídrica será retirada até dezembro (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrica) informou que a bandeira de escassez hídrica deve sair de vigor e e ser substituída pela verde até o fim do ano. O anúncio ocorre cinco dias após o presidente Jair Bolsonaro declarar o fim da bandeira de escassez na conta de luz e a entrada em vigor da bandeira verde a partir de 16 de abril. Novas mudanças não são previstas até o fim deste ano. Isso significa que provavelmente as tarifas não voltarão a sofrer acréscimos em 2022.

Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS, disse hoje (11) que “essa é a expectativa” ao falar sobre a mudança de bandeira. A entidade é responsável por coordenar e controlar as operações de geração e transmissão de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN).

O sistema de bandeiras tarifárias é o que define o custo da energia. Quando as condições de geração de energia não estão favoráveis, é preciso acionar as usinas termelétricas, elevando os custos. Assim, cobranças adicionais têm como objetivo cobrir a diferença e encorajar a diminuição do consumo. Tais tarifas vinham sofrendo críticas por causa do aumento no volume de chuvas, que reduz a necessidade das termoelétricas.

Bandeiras

Quando vigora a bandeira verde, não há acréscimos na conta de luz. Já na bandeira amarela, o consumidor paga um adicional de R$ 0,01874 para cada quilowatt-hora (kWh). A bandeira vermelha é dividida: no patamar 1, o acréscimo é de R$ 0,03971 e no patamar 2 é de R$ 0,09492.

A bandeira de escassez hídrica começou no ano passado e fixa um acréscimo de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos. Ela estava vigente há sete meses, desde setembro. Segundo o governo federal, a medida era necessária para compensar os custos da geração de energia, que ficaram mais caros em consequência do período seco em 2021, apontado como o pior em 91 anos.

Ciocchi afirmou que, com o volume de chuvas registrado desde o fim do ano passado, a atual situação dos reservatórios das usinas hidrelétricas permitirá ao país atravessar o restante do ano de forma mais tranquila e segura do que em 2021. “Sudeste e Centro-Oeste terminam o período de chuvas no melhor nível desde 2012”, observou.

Segundo o diretor-geral da ONS, a geração térmica deverá se limitar às usinas inflexíveis, que são aquelas que não podem parar e que possuem uma capacidade em torno de 4 mil MW (megawatts). Nos piores momentos da crise hídrica de 2021, as térmicas respondiam por mais de 20 mil MW. Atualmente, as hidrelétricas são responsáveis por cerca de 65% da geração de energia no país.

Com Agência Brasil

Edição: Roberth Costa
Giulia Di Napoli[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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