Jovem denuncia padastro por estupro, mas investigação tem reviravolta

Reprodução/StreetView

A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul investiga o caso de uma jovem de 18 anos que denunciou ter sido estuprada pelo padrasto dela, um homem de 25 anos. Segundo a ocorrência, o padrasto flagrou e filmou a menina beijando outra garota e teria utilizado o vídeo para chantagear a vítima e a estuprar por duas vezes, já que ela mantinha o relacionamento escondido da mãe.

A princípio, o caso que parecia ser uma ocorrência violência sexual, teve reviravoltas e, agora, a jovem pode responder por denúncia caluniosa, já que a polícia suspeita de que ela esteja mentindo.

A Polícia Civil sul-mato-grossense recebeu a denúncia nessa quinta-feira (2). Segundo a vítima, no dia 22 de março, o padrasto mostrou o vídeo e disse que contaria tudo para a mãe da garota. O homem teria, então, exigido que ela mantivesse relações sexuais com ele em troca de seu silêncio. Segundo a vítima, neste dia houve o primeiro estupro e o homem não teria usado preservativo.

Ainda segundo a denúncia, no dia seguinte, o homem tentou novamente ter relações com a jovem, entretanto, ela conseguiu se desvencilhar e se trancou em outro quarto da casa. Contudo, no dia 24 de março, o homem a estuprou novamente sob a ameaça de que iria mostrar o vídeo para mãe dela.

Nessa quinta, a jovem revelou o caso para a mãe e as duas procuraram a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM-MS) para denunciar o caso.

Reviravolta

A Polícia Civil começou a investigar o caso depois de receber a denúncia. Em conversa com o BHAZ, a delegada Joilce Silveira Ramos contou que durante a vítima entrou em contradição durante o depoimento que prestou.

“Vários pontos do depoimento da vítima não batiam. Ela foi encaminhada para o atendimento psicológico e a mãe dela apresentou exames e documentos que mostram que a jovem tem problemas mentais”, conta.

Além disso, a delegada disse que exames de corpo delito foram solicitados e os resultados deram negativo para relações sexuais. “O laudo mostra que a jovem ainda é virgem, o que contradiz a versão dada por ela. A Polícia Civil vai continuar investigando o crime, mas, caso seja comprovado que ela mentiu, ela pode ser acusada e denúncia caluniosa”, diz.

O crime é previsto no artigo 339 do Código Penal. De acordo com o texto, “dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente”, pode render uma pena de dois a oito anos de prisão, além de multa.

 Ainda segundo a delegada, o caso segue em sigilo e a polícia deve colher novos depoimentos sobre o caso.

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