Lollapalooza: Djonga, Gloria Groove e outros artistas marcam último dia com protestos contra Bolsonaro

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Djonga, Gloria Groove e Marina Sena se manifestaram politicamente contra Bolsonaro (Reprodução/@crisvector + @gloriagroove + @stopgley/Twitter)

O último dia do festival Lollapalooza no Brasil foi marcado por manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). Nesse domingo (27), a banda Fresno abriu a leva de protestos feitos por artistas nacionais, e a lista que seguiu o exemplo foi longa. Djonga, Marina Sena, Gloria Groove, Emicida, Criolo, Marcelo D2 e Lulu Santos também fizeram suas reclamações e soltaram gritos de “fora, Bolsonaro”.

A recomendação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra manifestações políticas no Lollapalooza, dada no sábado (26), acabou tendo efeito contrário e incentivando manifestações de vários artistas. Vários deles – e inclusive o público do festival – se revoltaram com a medida e interpretaram como um ato de censura.

“Sabe, Lolla, hoje à tarde, antes de vir para cá, eu me peguei pensando o seguinte: Será que a gente voltou no tempo? Será realmente que é isso que tá acontecendo? Quer dizer que eles querem calar a gente, é isso? Censura em 2022 é o c*ralho! Fora, Bolsonaro!”, gritou Gloria Groove durante seu show.

Enquanto era ovacionada, a drag queen ainda virou de costas para mostrar o número 13 estampado em seu figurino, fazendo referência à numeração de Lula (PT) nas eleições. Assista ao momento:

Djonga chega protestando

O rapper Djonga já chegou no palco protestando contra o presidente no momento de sua apresentação. “Bolsonaro, vai tomar no c*”, iniciou, sendo ovacionado em seguida. “Nós odeia o Bosonaro, eu odeio o Bolsonaro, quem gosta, problema é seu. Mas eu odeio o Bolsonaro”.

“Não pode falar né? Depois você vai contabilizar, eu vou falar 22 vezes hein, em homenagem ao [ano de 2022]. Quantas [vezes] que eu já falei, três? Faltam 19, então. Agora vão faltar 18. Bolsonaro, vai tomar no c*”, declarou o artista. Confira:

Marina Sena fala sobre título de eleitor

Outra artista mineira que se manifestou politicamente no festival foi a cantora Marina Sena. Durante o show, Marina aconselhou o público a regularizar o título de eleitor, e a plateia começou a gritar “ei, Bolsonaro, vai tomar no c*”. Ao som do coro, a artista levantou os dedos do meio e disse: “Ah não, é muita gente gritando isso, não é possível que nós não vamos conseguir isso, gente?!”.

Emicida e Criolo fazem beatbox

Emicida, que liderou o show de encerramento do festival, chamou ao palco o rapper Criolo, que estava usando uma camisa estampada com uma urna eletrônica. O público começou a gritar “ei, Bolsonaro, vai tomar no c*”, e Emicida fez um beatbox em ritmo de funk para acompanhar. “A voz do povo é a voz de Deus”, disse Criolo.

Outros artistas se manifestam

Confira as manifestações contra Bolsonaro feitas por Marcelo D2 e pela banda Fresno. Lulu Santos fez uma participação no show do grupo de rock e também se pronunciou contra a censura:

Edição: Giovanna Fávero
Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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