TSE acata pedido do partido de Bolsonaro e proíbe ‘propagandas eleitorais’ no Lollapalooza

pabllo vittar
Durante show realizado na sexta-feira, Vittar ergueu uma bandeira com a foto do ex-presidente Lula (Reprodução/Multishow)

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) determinou nesse sábado (26) a proibição de propagandas eleitorais no Lollapalooza, definindo uma multa de R$ 50 mil em caso de novas ocorrências. A decisão foi publicada depois de um pedido do partido de Bolsonaro, o PL, que enxergou nas manifestações das cantoras Pabllo Vittar e Marina “propaganda eleitoral irregular”.

Durante show realizado na sexta-feira (25), Vittar ergueu uma bandeira com a foto do ex-presidente Lula (PT), enquanto a britânica Marina xingou o presidente Jair Bolsonaro (PL), com os dizeres “eu estou cansada dessa energia, f***-se Bolsonaro”.

Segundo o partido, “a manifestação política em mais de um show, uma em absoluto desabono ao pré-candidato Jair Bolsonaro e outra em escancarada propaganda antecipada em favor de ‘Lula’, configuram propaganda eleitoral irregular – negativa e antecipada – além de promoverem verdadeiro showmício”.

Ministro acata o pedido

Na decisão, enviada ao BHAZ pelo TSE, o ministro Raul Araújo argumenta que observando as fotos e vídeos dos shows “percebe-se que os artistas mencionados na inicial fazem clara propaganda eleitoral em benefício de possível candidato ao cargo de Presidente da República, em detrimento de outro possível candidato”.

Ele lembra que as propagandas eleitorais só estarão permitidas a partir do dia 15 de agosto e, por esse motivo, determinou a proibição legal de novas manifestações políticas desta natureza durante as apresentações do Lollapalooza neste domingo (27).

Nas palavras dele, fica vedada “a realização ou manifestação de propaganda eleitoral ostensiva e extemporânea em favor de qualquer candidato ou partido político por parte dos músicos e grupos musicais que se apresentem no festival, sob pena de multa de R$ 50 mil por ato de descumprimento”.

As artistas Pabllo Vittar e Marina não se manifestaram sobre o caso. O BHAZ procurou a organização do Lollapalooza para obter um posicionamento sobre a decisão, mas ainda não obteve retorno. Tão logo a administração do evento se manifeste, esta matéria será atualizada.

Edição: Giovanna Fávero
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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