O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), culpou a “esquerda” pelo alto preço da gasolina. O governo Bolsonaro acumula uma série de aumentos no preço do produto. Em Belo Horizonte, o combustível chega a R$ 6,49, de acordo com dados do Mercado Mineiro atualizados na última sexta-feira (20).
A declaração foi feita em uma rede social, nesta segunda-feira (23). “A esquerda, ou seus idiotas úteis, não querem diminuir o preço da gasolina, eles fazem questão de ignorar os motivos que a encarecem. O objetivo é só desgastar o Presidente”, alegou o deputado, que ainda escreveu uma frase atribuída a Saul Alinsky.
A esquerda, ou seus idiotas úteis, não querem diminuir o preço da gasolina, eles fazem questão de ignorar os motivos que a encarecem. O objetivo é só desgastar o Presidente
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) August 23, 2021
Como dizia o mentor da New Left Saul Alinsky: “o motivo nunca é o motivo. O motivo é sempre a revolução” pic.twitter.com/vzskt6kPZL
O parlamentar usou o print do comentário de um usuário no Facebook, que questionou o presidente sobre o preço do combustível, para ilustrar a postagem no Twitter. “Tá, mas e a gasolina?”, perguntou o cidadão em uma publicação. “Tá, mas quanto é o ICMS do seu governador? O litro da gasolina custa R$ 1,95 na refinaria”, respondeu o presidente.
Impostos
Na publicação, Bolsonaro se referia ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, que hoje está em 31% em Minas Gerais. Segundo pesquisa da ANP (Agência Nacional de Petróleo) no mês de agosto, o estado ocupa o nono lugar no ranking de gasolinas mais caras do Brasil, quando levado em conta o preço médio do combustível.
O preço da gasolina, no entanto, também sofre com outros impostos, além da alta das cotações internacionais do petróleo. O país inteiro enfrenta os efeitos da alta.
Além do ICMS e do valor da refinaria, citados por Bolsonaro, entram na conta o custo do etanol anidro, a distribuição e revenda e três contribuições federais: Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (Cide); o Programa de Integração Social (PIS); e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). O presidente tem poder de decisão sobre os três tributos.