Explosão de meteoro no Rio Grande do Sul surpreende pesquisadores: ‘Brilho tremendo’

meteoro rio grande do sul
Vídeo publicado nas redes sociais mostra que o fenômeno provocou intenso clarão na atmosfera (Observatório Espacial Heller & Jung/Divulgação)

A explosão de um meteoro no céu do Rio Grande do Sul chamou a atenção de pesquisadores do Observatório Espacial Heller & Jung, do município de Taquara, nessa segunda-feira (28). Vídeo publicado nas redes sociais mostra que o fenômeno provocou intenso clarão na atmosfera.

Líder do observatório, o pesquisador Carlos Fernando Jung disse que o chamado “meteoro bólido” durou menos de dois segundos e teve magnitude no valor -12, em uma escala que, quanto menor o valor, mais brilho.

Ao BHAZ, o astrônomo e professor aposentado da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Bernardo Riedel, explica que fenômenos como esse tem sido cada vez mais comuns. A explosão registrada em Taquara, no entanto, surpreende pelo grau de luminosidade.

Para se ter uma ideia, o Sol atinge a magnitude -28 na escala que mede o brilho dos astros. O olho humano, segundo o especialista, é capaz de enxergar até o grau 5 de luminosidade. “Foi um meteoro muito grande que entrou muito inclinado na atmosfera e foi queimando aos poucos, fazendo esse brilho tremendo”, conta ele.

O que provoca a explosão?

Bernardo explica, ainda, que esses fenômenos ocorrem quando fragmentos do espaço entram em alta velocidade na atmosfera da Terra. O atrito do objeto com o ar, durante a queda, é o que causa a luminosidade e explosão.

“Esses fragmentos ficam orbitando o Sol, que costumam ser de cometas, eventualmente passam perto da Terra e são atrapídos pelo campo gravitacional. Quando entram na atmosfera, atingem uma velocidade de 40 mil a 70 mil quilômetros por hora, até que atritam com a atmosfera. A explosão acontece já que a temperatura desses objetos sobe rapidamente a quase dois mil graus”, explica o professor.

Carlos Fernando Jung, do Observatório Espacial Heller & Jung, chegou a classificar o meteoro avistado no Rio Grande do Sul como “super bólido”. Para o professor aposentado da UFMG, isso se deve à velocidade com que ele se dirigiu em direção a Terra, que pode ter chegado a atingir 70 km por segundo, provocando um atrito violento.

Edição: Pedro Rocha Franco
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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