Falsa oficial do Exército dava golpe milionário e gastava com roupas e salão

(PCMS/Divulgação+Balanço Geral/TV Record/Reprodução)

Uma mulher de 40 anos, foi presa em Campo Grande (MS) por equipes do
Grupo de Operações e Investigações da Polícia Civil (GOI), acusada de se passar por uma oficial do Exército Brasileiro e aplicar golpes em várias pessoas, prometendo facilidades para entrar na carreira militar.

Alzira Jesus de Araújo se apresentava como sargento do Exército e cobrava até R$ 30 mil de suas vítimas, prometendo que as ajudaria a ingressar na carreira do exército. A mulher chegou a enganar a própria filha e a família.

Segundo informações da Polícia Civil, ela usava o nome de um suposto tenente da corporação, que não existe, e andava fardada, exibindo imagens vestida como militar nas redes sociais para dar credibilidade aos seus golpes.

Conforme os policiais, ainda não é possível precisar o valor arrecadado pela acusada com os golpes e nem o número de vítimas, mas conforme apurado, Alzira cobrava entre R$ 15 mil e R$ 30 mil de cada pessoa. Até agora cinco delas foram identificadas e compareceram à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitária (Depac) para prestar depoimento.

Ela dizia que havia três vagas, mas que para conseguir ingressar na carreira, era preciso o repasse de alguns valores em dinheiro para o pagamento de Guias de Recolhimento da União (GRU), que também eram falsas.

Após três meses de investigações, o GOI prendeu a mulher em flagrante na última quarta-feira (26). Na casa de golpista a polícia apreendeu ainda botons, coturnos e diversas fardas do Exército.

O caso foi descoberto após a Polícia Civil receber denúncias de que uma pessoa de fora da instituição e não capacitada ou autorizada, estava falando sobre concursos militares em nome do Exército e cobrando de potenciais candidatos, para facilitar o ingresso na corporação.

De acordo com a Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, diversas vítimas foram localizadas pelos investigadores do GOI, que comprovaram a denúncia e conseguiram obter dados da acusada, como nome e endereço, passaram a monitorá-la e fizera a prisão em flagrante por estelionato.

Nem mesmo a filha de Alzira escapou do golpe. Conforme os investigadores, a jovem de 22 anos pagou à mãe R$ 3 mil mediante a promessa de ingresso no quadro de sargentos do Exército e chegou a ser levada por ela em uma loja de artigos militares para escolher a farda que usaria quando da posse. O que fez também com algumas das vítimas, quando era pressionada a agilizar a chamada para o ingresso ou quando queria mais dinheiro.

“Ela torrava dinheiro com coisas de mulheres”, diz a filha

Nesta terça-feira (2), a filha de Alzira Araújo, de 22 anos, foi ouvida pela polícia. Em uma hora, a jovem contou que já desconfiava de que algo não andava bem e que acredita que a mãe “torrava dinheiro com coisas de mulheres”.

Ao portal G1, a delegada Cláudia Gerei informou que a jovem “já havia registrado um boletim de ocorrência, falando do modus operandi da mãe”.

“Ela desconfiou do crime e elas tiveram uma briga por conta do disso, quando a menina se mudou de casa. O imóvel era alugado e Alzira também teria se mudado para morar com os pais. Depois, ela teria conhecido uma pessoa e foi morar com ela. A menina, então, retornou e foi ficar com os avós, por questão de economia”, afirmou.

De acordo com o depoimento da jovem, a mãe não ajudava em nada na casa e era extremamente consumista. “Ela falou que a mãe exigia o carro dela e também a conta bancária, e nunca tinha saldo. A jovem disse que a mãe provavelmente gastava tudo com roupas, salão e maquiagem”, ressaltou a delegada.

Rotina com farda

A filha de Alzira – que não teve seu nome revelado – teria dito à polícia que a mãe vestia a farda logo cedo, pegava o carro, a deixava no emprego e depois retornava no fim do dia, usando a roupa e dizendo que tinha trabalhado o dia todo. “Vamos ouvir outras três vítimas citadas pela filha, em outro procedimento, por conta do prazo. A filha também disse que Alzira tinha muitas dívidas na praça; sempre tinha gente cobrando ela”, acrescentou Cláudia.

A mulher já foi encaminhada para o presídio. A Polícia Federal apura a possível falsificação de documentos oficiais pela mulher.

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