O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) acionou a Polícia Federal depois que um mandado de prisão falso foi supostamente expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra ele mesmo.
O órgão confirmou que confirmou que o sistema do Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP) foi retirado do ar nesta quinta-feira (5) devido a uma “publicação indevida”.
O mandado de prisão contém várias frases ironizando o ministro e sugerindo uma proximidade dele com o presidente Lula (PT), incluindo até a expressão “faz o L”.
Mandado de prisão falso
No falso documento, consta que Alexandre de Moraes teria mandado se prender por “litigância de má-fé”, isto é, por ter acionado o sistema judiciário sem causa plausível.
Um trecho determina a remessa “de todos os inquéritos de censura e perseguição política, em curso no STF para o CNJ, a fim de que me punam exemplarmente”.
“Diante de todo o exposto, expeça-se o competente mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L.”, completa a falsa decisão.
Em outra passagem, o texto diz que Moraes teria autorizado a medida “sem me explicar, porque sou como um deus do Olimpo, defiro a petição inicial, tanto em razão da minha vontade como pela vontade extraordinária de ver o Lula continuar na Presidência”.
Investigação
O caso está sendo investigado pelo CNJ, que acionou a Polícia Federal para apurar o cometimento de crime pelo uso indevido da plataforma.
“O Conselho Nacional de Justiça informa que a inconsistência encontrada na quarta-feira (4), no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, foi causada pelo uso indevido de credencial de acesso ao sistema, que já foi devidamente bloqueada”, diz o CNJ.